Ao menos 6.419,72 hectares invadidos estão sendo usados ilegalmente por grileiros para pecuária ilegal
A Operação Prometeu Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta sexta-feira (20), busca provas de crimes de incêndio, desmatamento, exploração ilegal de terras da União, na região de Corumbá (MS).
Os incêndios que causaram prejuízos para a fauna, flora e economia, além da saúde pública neste ano, segundo as investigações revelaram, foram causados danos na área queimada que é alvo reiterado desse tipo de crime ambiental para a grilagem das terras com a realização de fraudes documentais nos órgãos do governo.
A Polícia Federal identificou dano de mais de R$ 220 milhões causados na exploração da área pelo grupo investigado.
São sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Corumbá (MS), em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, contra invasores de terras.
A ocupação irregular de área, segundo as investigações, já totaliza 6.419,72 hectares. A área vem sendo utilizada para exploração econômica por meio da pecuária. Buscas realizadas na região mostram a existência de, pelo menos, 2.100 cabeças de gado na área da União, mas estima-se a criação de mais de 7.200 animais em todo período investigado.
Os criminosos devem responder pelos crimes de incêndio em mata ou floresta, desmatar e explorar economicamente área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.
A operação policial foi batizada com o nome Prometeu, pela histórica má utilização do fogo nas pastagens do bioma Pantanal pelo homem, como incentivo à pecuária e seu avanço no Pantanal.
Prometeu faz a alusão ao personagem da mitologia grega que é visto como uma divindade que roubou o fogo dos deuses gregos e o entregou à humanidade. Por causa disso, ele foi castigado por Zeus.
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