Plntonistas que atuam no hospital da asa Norte de Brasília denunciam calote e atrasos de pagamento de plantões
Médicos plantonistas do Hospital Asa Norte – HL2, localizado na quadra 608 da Asa Norte, denunciam a falta de pagamento pelos serviços prestados.
Os profissionais de saúde afirmam que estão há quase seis meses sem receber salário, somando valores em atraso que ultrapassam R$ 70 mil pelos plantões realizados na clínica médica do pronto-socorro entre abril e julho deste ano.
Apesar dos atrasos, os médicos continuam trabalhando para não prejudicar o atendimento aos pacientes. Muitos dos denunciantes são médicos recém-formados, contratados por meio de escalistas – profissionais que definem datas e valores dos pagamentos – sem formalização de contratos ou documentos que comprovem vínculo empregatício.
Os pagamentos eram prometidos para até 90 dias após os plantões, mas começaram a atrasar desde abril. Posteriormente, os representantes do hospital deixaram de responder aos médicos e não cumpriram os acordos. Um plantão de 6 horas é recompensado com R$ 700, e um de 12 horas, com R$ 1,4 mil.
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) informou que apura todas as denúncias encaminhadas diretamente ao conselho, assim como as notícias de fato publicadas na imprensa, por meio da instauração de sindicâncias que podem, ou não, culminar na abertura de processos ético-profissionais. “É importante destacar que esses processos tramitam sob sigilo, garantindo a confidencialidade e a imparcialidade das investigações”.
Já o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) confirmou que recebeu denúncias sobre o assunto e informou que realizará reunião, em data ainda a ser definida, para tratar do atraso no pagamento dos serviços prestados ao corpo clínico do hospital. “Deverão participar da reunião médicos que trabalham no local e direção da unidade. O atraso envolve todo o corpo clínico” , disse o sindicato.
O Hospital Asa Norte afirma que, “embora existam pendências devido ao não pagamento de alguns convênios”, a nova gestão do centro médico “tem se esforçado para garantir que os médicos continuem recebes plantões realizados”.
“Desde junho, estamos antecipando os pagamentos dos plantões, um esforço claro e decisivo de nossa parte para assegurar que os profissionais sejam remunerados de forma justa e tempestiva.”
O hospital nega o calote. “Pelo contrário, estamos honrando nossos compromissos atuais, enquanto trabalhamos incansavelmente para regularizar os valores pendentes assim que os convênios quitarem suas dívidas conosco”, diz.
“Gostaríamos de enfatizar que a continuidade do trabalho dos médicos plantonistas evidencia que não há má-fé por parte da instituição. Esses profissionais, que se dedicam a atender os pacientes, demonstram uma relação de confiança mútua com o hospital. A acusação de ‘calote’ é, portanto, injusta”, diz o hpspital.
O hospital já teve diversos nomes e troca de CNPJs. Já foi hospital de queimados, Santa Marta e até Albert Sabin.