Advogados foram levados para o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF
Na manhã desta segunda-feira (21) s Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (FICCO/DF), com o apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri do MPDFT) desarticulou uma organização criminosa que dava suporte a um líder de facção baiana, preso no Distrito Federal.
A Operação Cravate, desbaratou um esquema que envolvia advogados que agendavam videoconferências, permitindo que terceiros participassem ilegalmente das chamadas com os presidiários.
Seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Brasília do TJDFT, foram cumpridos no Distrito Federal e na Bahia.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape) os advogados permitiam que outras pessoas se passassem por eles para se comunicar com detentos que deveriam estar isolados.
O líder da facção usava essa rede para manter sua comunicação externa e expandir sua influência dentro do sistema prisional, atraindo novos membros para a facção. Ele está preso preventivamente por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de ser suspeito de envolvimento no assassinato de um policial federal em Salvador, em 2023.
A Justiça decretou a suspensão das atividades profissionais dos advogados envolvidos. Após as diligências, os suspeitos e os materiais apreendidos foram encaminhados ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF, e as investigações continuam.
Os envolvidos poderão responder por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão.