Ex-deputado Distrital foi alvo de operação da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (11), que investiga suposta fraude em licitações e contratos
Agente aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), empresário e ex-deputado do Distrito Federal Carlos Alberto Rodrigues Tabanez foi alvo de operação da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (11)
Tabanez declarou ser dono de bens que somam R$ 12,4 milhões. investigação é sobre suposta fraude em licitações e contratos públicos.
O ex-deputado é dono de um dos principais clubes de tiro de Brasília.

Nas eleições de 2022, Tabanez disputou o cargo de deputado distrital pelo MDB, obteve 14.523 votos e ficou como suplente. À época, ele declarou ser o proprietário de 10 imóveis, incluindo salas empresariais e lotes no Distrito Federal. Na lista de bens de Tabanez informada à Justiça Eleitoral, também constam aplicações financeiras, um arsenal de 25 armas e máquina de recarregar munição.
Como agente de polícia da classe especial, Tabanez tem remuneração bruta de R$ 18,4 mil. Tabanez é oficialmente sócio da empresa GSI Treinamento Especializado e PM Locações e Serviços Ltda. Porém, de acordo com as investigações, ele também está por trás da R7 Facilities, suspeita de irregularidades.
A casa do policial civil e a sede da R7 foram alvos da operação desta terça-feira. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, Tabanez acabou preso por posse ilegal de arma de fogo.
Tabanez está por trás da R7 Facilities, responsável pela gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A empresa mantém vários contratos com o governo federal de serviços gerais.
O ex-deputado distrital é suspeito de ter agido em conjunto com outras empresas para fraudar licitações. Ele e o advogado da R7 Facilities, Alair Ferraz, são investigados na Operação Dissimulo, deflagrada na manhã desta terça-feira, pela Polícia Federal.

A PF informou em nota que as investigações tiveram início em abril de 2024 e “indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações”. Os investigados teriam, segundo a corporação, “utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes”.
Oito empresas, incluindo a R7 Facilities, estão sendo investigadas.
A R7 Facilities também é investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU) por corrupção. Em janeiro, o órgão abriu um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) contra a ela e outras duas empresas do Distrito Federal (Defender Conservação e Limpeza LTDA e GSI Serviços Especializados LTDA) para investigar possíveis violações à Lei Anticorrupção e de Licitações.
