Inteligência Artificial deve ser usada para tirar dúvidas ou conferência preliminar de documentação, jamais como substituta do sistema oficial
O uso da Inteligência Artificial cresce a cada dia, auxiliando diversos setores e pessoas na otimização de processos. Durante o período de declaração do Imposto de Renda, muitos têm dúvidas se podem utilizar a IA como suporte para a declaração. De acordo com Rodrigo Barreto, professor de Administração da FEI (Fundação Educacional Inaciana), a Inteligência Artificial pode, sim, agilizar a interpretação das normas do Imposto de Renda e esclarecer dúvidas pontuais sobre deduções com saúde ou educação, por exemplo. No entanto, é fundamental ressaltar que o preenchimento e o envio da declaração devem ser feitos exclusivamente pelo Programa Gerador da Declaração (PGD) da Receita Federal, que continua sendo a via oficial para prestar contas ao Fisco.
Ainda que a Receita não restrinja o uso de IA nesse processo de preparação, o contribuinte continua responsável pela veracidade dos dados informados, não podendo atribuir eventuais falhas ou inconsistências ao que for sugerido por essas ferramentas. A Inteligência Artificial deve ser encarada como um apoio para tirar dúvidas ou para ajudar na conferência preliminar da documentação, jamais como substituta do sistema oficial ou de um profissional especializado.
Outro ponto importante diz respeito à privacidade e à segurança: compartilhar documentos e dados sensíveis em plataformas de IA pode expor o contribuinte a riscos de vazamento de informações. Além disso, por mais que a tecnologia ofereça recursos avançados de análise, ela ainda pode interpretar de forma equivocada algum detalhe da legislação, especialmente em situações mais específicas ou que envolvam interpretações personalizadas das regras tributárias.
“Antes de transmitir a declaração, o contribuinte deve rever todos os valores, recibos e comprovantes, garantindo que a interpretação esteja correta e que tudo seja compatível com o que a Receita Federal exige. Qualquer erro é de inteira responsabilidade de quem declara, e o Fisco, cada vez mais equipado com recursos tecnológicos, é capaz de cruzar diversos bancos de dados para fiscalizar possíveis inconsistências” finaliza o professor da FEI.
Sobre a FEI:
A FEI faz parte da Companhia de Jesus e oferece cursos de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharias – habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e a primeira graduação em Engenharia de Robôs do País, sendo o maior polo educacional de robótica inteligente da América Latina.

