PDT abandona base de Lula após perder comando do INSS e Lupi ser tirado da Previdência

O PDT não recebeu bem a saída de Carlos Lupi da Previdência e entende que nomeação de Wolney Queiroz não foi acordada por Lula com o partido

A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (6) abandonar o alinhamento automático com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Deputados afirmaram que a nomeação de Wolney Queiroz como novo titular da pasta não foi combinada com a bancada – ainda que ele seja membro do partido e aliado de Lupi.

A decisão foi tomada quatro dias após o presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi, ser demitido do Ministério da Previdência, em meio ao escândalo de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A decisão de abandonar o alinhamento formal ao governo Lula foi tomada numa reunião da bancada e de maneira unânime.

Com 17 deputados, o PDT é presidido pelo deputado André Figueiredo (CE), mas Lupi continua com uma posição de liderança no partido. Dessa forma, a sigla entendeu que sua saída do governo Lula não mais contemplaria a bancada.

Wolney era secretário-executivo do ministério, mas, segundo aliados, sua nomeação não foi devidamente acordada com a legenda, apesar de ele ser ex-deputado pedetista.

O partido não passará a integrar a oposição, nem fará parte automaticamente da base aliada ao Planalto. Os deputados afirmam que terão uma posição “independente”.

A bancada do PDT na Câmara não recebeu bem a perda do comando do INSS e o processo de saída de Carlos Lupi da Esplanada dos Ministérios. Dentro da sigla, a demissão de Lupi foi recebida como o ápice de um processo de fritura público e um “desrespeito” ao partido.


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