BTG Pactual compra Fasano e ações da Light, do Pão de Açúcar e precatórios do Banco Master
O BTG Pactual, passou as últimas duas semanas negociando com o Banco Master, a compra de ativos da holding. Entre os bens, Daniel Vorcaro, dono do Master, vendeu para André Esteves, dono do BTG Pactual, a unidade do Hotel Fasano de São Paulo.
O complexo de luxo situado no Itaim, região com o metro quadrado mais caro do Brasil, custou R$ 400 milhões. Além do hotel, Daniel Vorcaro, também vendeu a André Esteves a participação que ele tinha na Light e Pão de Açúcar. O negócio ultrapassa o valor de R$ 1 bilhão.
A negociação entre os dois banqueiros também envolveu a venda de precatórios do Master para o BTG. As conversas para fechar o negócio ocorreram na sede dos dois bancos, com participação de quase 50 pessoas envolvidas nas tratativas.
Os recursos visam capitalizar o Banco Master, fortalecendo sua posição financeira em meio às negociações com o BRB.
No final de março, algumas notícias veiculadas na imprensa davam conta de que o BTG teria oferecido a quantia simbólica de R$ 1 para assumir o Banco Master. O que, na verdade, significaria comprar dívidas da instituição financeira. Na ocasião, no entanto, o próprio BTG Pactual negou, por meio de nota oficial, as supostas ofertas.
Além da polêmica de R$ 1 houve, também, divulgação de que os precatórios pertencentes ao Banco Master eram, na verdade, papéis podres.
Apesar dos rumores, grandes grupos empresariais e financeiros procuraram Vorcaro na intenção de fazer negócio. Entre os interessados, a J&F, dos irmãos Batista; o Banco Safra; além das gestoras de investimento Prisma e Latache.
O assunto virou vitrine e um dos mais comentados no mercado financeiro após o anúncio de que o Banco de Brasília (BRB) tinha a intenção de comprar 58% do capital do Banco Master.
O BTG Pactual esclareceu que a aquisição não altera o controle ou a governança das empresas investidas. A transação ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A venda é parte do processo de venda de ações do Banco Master para o Banco de Brasília (BRB).
A expectativa é que a injeção de capital facilite as negociações com o FGC e suporte a venda para o BRB. O BTG Pactual não terá participação societária no Banco Master ou em suas empresas relacionadas.

