Empresário foi assassinado no Autódromo de Interlagos e jogado em buraco por seguranças, diz testemunha

Três seguranças são os principais suspeitos. Testemunha-chave prestou depoimento nesta semana e revelou ter presenciado o momento do crime

A Polícia Civil de São Paulo reduziu para três seguranças a lista de suspeitos pela morte de Adalberto Amarilio Júnior, de 36 anos, achado morto dentro de um buraco do Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Segundo os investigadores, uma testemunha-chave, revelou nesta semana ter presenciado o momento do crime e disse que até então havia se mantido em silêncio por medo de represálias e por temer pela própria vida.

Nesta sexta-feira (27), a expectativa é que um ou mais dos principais suspeitos sejam levados para a Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Antes do depoimento da testemunha, a investigação trabalhava com ao menos 200 nomes de seguranças. 

Adalberto Amarilio Júnior, de 36 anos, achado morto dentro de um buraco do Autódromo de Interlagos

Apesar do avanço, o caso do empresário ainda continua sem respostas definidas. O sangue encontrado no carro pertencia a Adalberto, contudo, segundo a polícia, há vestígios de sangue de uma mulher ainda não identificada.

Adalberto desapareceu no dia 30 de maio após participar de um evento de motociclistas no autódromo. Sua última comunicação com a esposa ocorreu por volta das 19h40min. Segundo o amigo do empresário, ele teria visto Adalberto por volta das 21h15min, minutos antes da vítima se dirigir ao estacionamento para buscar o carro.

O corpo foi encontrado no dia 3 de junho dentro de um buraco de obra, com aproximadamente 2 a 3 metros de profundidade e 40 centímetros de diâmetro. Adalberto estava com capacete, celular e carteira, mas sem a câmera GoPro, que estava acoplada ao capacete.

Uma das hipóteses investigadas pelo DHPP é a de que Adalberto, que deixou o carro em área proibida do kartódromo, anexo ao autódromo, pode ter passado pelas interdições feitas devido à obra e alguém pode ter chamado a atenção dele e se desentendido com o empresário.

Ainda segundo a perícia, não foram encontradas lesões traumáticas nem indícios de violência sexual. De acordo com os laudos, os joelhos de Adalberto foram feridos quando ele estava vivo, o que sugere, de acordo com a investigação, que a vítima pode ter sido obrigada a se ajoelhar ou foi arrastada.


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