Don Juan leva todo dinheiro e vende casa milionária de viúva em Brasília

João Aguimar de Oliveira Júnior trabalhava na Administração Regional de Ceilândia e ganhava R$ 1,6 mil. Exoneração saiu nesta 2ª. Golpista fingiu ser policial perseguido por agiota e esvaziou contas bancárias da vítima

Segundo boletim registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), um homem aplicou um golpe devastador nas contas de uma viúva de 45 anos, que acreditava ter encontrado seu grande amor.

Segundo os investigadores, manipulação emocional, sedução e falsa sensação de segurança foram algumas das principais armas usadas por um homem para enredar, iludir e esvaziar a conta bancária da mulher.

Envolvida emocionalmente com o golpista, a vítima fez uma série de transferências bancárias para o estelionatario, que simulava ser policial em Goiás.

O relacionamento dos dois aconteceu pouco depois de se conhecerem em uma roda de amigos. Após um mês de namoro, o plano do Don Juan começou a ser posto em prática. Ele contou que havia feito dívida de R$ 130 mil com um agiota e corria risco de morte.

O golpe final aconteceu quando a mulher foi convencida a vender uma casa avaliada em R$ 1,5 milhão. O marginal roubou boa parte do dinheiro e saiu da relação com um veículo avaliado em R$ 200 mil.

João Aguimar de Oliveira Júnior foi exonerado da Administração Regional de Ceilândia

Investigado por seduzir, enganar e fazer limpa na conta bancária da viúva, o auxiliar administrativo João Aguimar de Oliveira Júnior foi exonerado da Administração Regional de Ceilândia.

A medida foi publicada nesta segunda-feira (28), no Diário Oficial (DODF).

O Don Juan ganhava, até então, R$ 1,6 mil líquido como comissionado da Administração Regional de Ceilândia, segundo consta no Portal de Transparência do Distrito Federal.

Por meio de nota, o órgão informou que “não tinha conhecimento do assunto” e que o servidor foi exonerado “por motivos funcionais, uma vez que não cumpria o horário estabelecido e não atendia às necessidades da Administração”.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o estelionatário sumia 3, 4 dias e quando retornava, costumava estar com as roupas sujas e justificava que estava na companhia do grupo armado do suposto agiota a quem devia.

A mentira elaborada fez com que a vítima acreditasse que a vida do namorado estava em jogo, o que a fez realizar diversas transferências via Pix, que totalizaram mais de R$ 26 mil.

Após receber os valores, o Don Juan intensificou os relatos sobre as falsas ameaças que sofria, alegando que a dívida com o agiota já havia ultrapassado R$ 300 mil. A nova mentira resultou no desespero da vítima, que optou por vender sua casa, e ela ainda foi convencida pelo golpista de ele ser o responsável por todas as negociações dos bens do imóvel.

A casa foi vendida após proposta que continha R$ 10 mil em espécie, uma chácara, três apartamentos, dois automóveis e uma lancha.

Sem a autorização da vítima, o criminoso negociou a lancha, revendeu um dos automóveis – avaliado em aproximadamente R$ 50 mil – e ficou com o outro carro: um Volvo S60 T5 – veículo que pode ultrapassar o valor de R$ 200 mil.


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