Operação acontece nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais
Os influenciadores digitais Bia Miranda, Buarque e Maumau estão entre os alvos da Operação Desfortuna, deflagrada nesta quinta-feira (7) pela Polícia Civil do RJ, contra um esquema de promoção ilegal de jogos de azar on-line, como o popular “Jogo do Tigrinho”.
Outros alvos são as gêmeas Paulina e Paola de Ataíde — veja a lista completa:
Veja quem são os influenciadores.
Micael dos Santos de Morais, da Agência MS: 15 mil seguidores
Anna Beatryz Ferracini Ribeiro, a Bia Miranda: 9,7 milhões de seguidores no Instagram e no TikTok
Paola de Ataíde Rodrigues, a Paola Ataíde: 6 milhões de seguidores
Tailane Garcia dos Santos Laurindo, a Tailane Garcia: 4,5 milhões de seguidores
Paulina de Ataíde Rodrigues, a Paulina Ataíde: 4,4 milhões d3 seguidores
Maurício Martins Junior, o Maumau ZK: 3,5 milhões
Rafael da Rocha Buarque, o Buarque: 2,8 milhões
Jenifer Ferracini Vaz, a Jenny Miranda: 1,2 milhão
Nayara Silva Mendes, a Nayala Duarte: 491 mil
Samuel Sant Anna da Costa, o Gato Preto: 412 mil
Lorrany Rafael Dias, a Lorrany Rafael: 343 mil
Vanessa Vatusa Ferreira da Silva, a Vanessinha Freires: 203 mil
Tailon Artiaga Ferreira Silva, o Mohammed MDM: 195 mil
Ana Luiza Ferreira do Desterro Guerreiro, a Luiza Ferreira: 112 mil
A ação acontece nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Há indícios de lavagem de dinheiro, estelionato, publicidade enganosa e crime contra a economia popular.
Agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) saíram para cumprir 31 mandados de busca e apreensão contra 15 alvos — a maioria, influencers que somam quase 35 milhões de seguidores no Instagram e no Tiktok.

Fintechs também são alvo da operação, e a Justiça deferiu a quebra do sigilo fiscal dessas empresas.
Na casa de Maumau, em SP, agentes encontraram uma arma. Ele foi conduzido até a delegacia para prestar esclarecimentos.
As investigações apontam que os influenciadores prometiam lucros fáceis e rápidos, com o objetivo de atrair seguidores para os sites de jogos.
Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que os investigados movimentaram cerca de R$ 40 milhões em contas pessoais entre 2022 e 2024.
“No decorrer das investigações, foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores, que ostentavam nas redes sociais estilos de vida luxuosos, com viagens internacionais, veículos de alto padrão e imóveis de alto valor”, afirmou a Polícia Civil.
Além da divulgação dos jogos, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A polícia estima que todo o esquema tenha girado R$ 4,5 bilhões.
O “jogo do tigrinho” não é o único que recebe reclamações de pessoas que ficaram no prejuízo.

Na internet, é possível encontrar outros games que sugerem trazer grande retorno, mas, depois, frustram usuários.
- Spaceman/Aviator/JetX (jogos crash): os jogos mostram uma espécie de gráfico com a alta do item do jogo (astronauta ou avião, por exemplo), o que representa o multiplicador da aposta. A ideia é retirar o dinheiro antes do “crash”, ou seja, o momento em que o jogo acaba e o usuário perde tudo;
- Mines: em um tabuleiro com 25 casas, o objetivo é descobrir onde estão as estrelas e fugir das bombas (ou minas). O jogador escolhe quanto vai apostar e qual será o nível de dificuldade em cada rodada.

