PF mira fraude de R$ 3,5 milhões em precatórios no DF e MA

A Polícia Federal deflagrou mais uma fase da Operação Falsídia III, que apura a atuação de um grupo criminoso responsável por fraudes milionárias no levantamento de precatórios judiciais e benefícios previdenciários. As ações foram concentradas principalmente no Distrito Federal (DF), Maranhão (MA) e também em Goiás, resultando na identificação e interrupção de transações ilícitas superiores a R$ 7 milhões, incluindo ao menos R$ 3,5 milhões em etapas mais recentes do esquema.

Como funcionava o esquema

O grupo realizava manipulações e identificações fraudulentas de precatórios — ordens judiciais para pagamento de dívidas do poder público a cidadãos ou empresas. As fraudes envolviam:

  • Utilização de documentos falsos e ideologicamente adulterados
  • Manipulação de requerimentos administrativos e bancos de dados do sistema financeiro
  • Lavagem de dinheiro com suporte de envolvidos em instituições bancárias, incluindo auxílio direto de um ex-funcionário da Caixa Econômica Federal para facilitar o saque dos valores fraudulentos.

Investigados, empresas e ações

Segundo as informações oficiais da PF e veículos de imprensa, entre os investigados estão:

  • Integrantes do grupo criminoso especializado em fraudes financeiras e lavagem de dinheiro
  • Um ex-funcionário da Caixa Econômica Federal, membro central do esquema
  • Não há até o momento divulgação dos nomes completos dos investigados ou das empresas envolvidas, devido ao segredo de Justiça e a procedimentos legais para não comprometer as investigações.

Nas fases anteriores da operação (deflagradas em agosto de 2023 e junho de 2024), houve prisões em flagrante e apreensão de grande volume de provas, reforçando a atividade criminosa operada junto à instituição bancária pública.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos endereços nas seguintes cidades:

  • Taguatinga, Ceilândia, Planaltina e Samambaia (DF)
  • Minaçu (GO)
  • Caxias e outras cidades do Maranhão

Crimes investigados e impactos

Os suspeitos podem responder pelos crimes de:

  • Estelionato qualificado
  • Falsificação de documento público
  • Falsidade ideológica
  • Uso de documento falso
  • Associação criminosa

Além dos precatórios, também foram identificados desvios em benefícios previdenciários, principalmente por meio de salários e requerimentos de maternidade via uso de boletins de ocorrência e documentos falsificados.

Comunicado oficial

A PF orienta que eventuais vítimas de fraudes com precatórios busquem informações junto aos órgãos oficiais e não aceitem intermediários ou representantes sem confirmação cadastral. A Coordenação-Geral de Comunicação Social da PF disponibiliza canais para denúncias e esclarecimentos.


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