Três são presos em operação contra lavagem e evasão de divisas com criptomoedas em SP

Operação Siliba é desdobramento da Operação Colossus, que prendeu o líder de uma rede criminosa que movimentou mais de R$ 50 bilhões em criptoativos

A Polícia Federal prendeu três pessoas em São Paulo na manhã desta quinta-feira (4) durante a Operação Sibila, um desdobramento da Operação Colossus, que em janeiro de 2024 resultou na prisão do líder de uma rede criminosa responsável por movimentar mais de R$ 50 bilhões em criptoativos.

Operação Sibila

A ação, realizada em diversos pontos de São Paulo, envolveu o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio de bens e sequestro de valores expedidas pela Justiça Federal. Até as 8h da manhã, pelo menos três pessoas haviam sido presas, uma delas já estava detida antes da operação, e outro suspeito foi localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Bens e Dinheiro Apreendidos

Durante a ofensiva, foram apreendidos mais de R$ 700 mil em espécie, uma Land Rover, uma BMW blindada, chaves de acesso a carteiras de criptoativos, celulares e vários elementos de interesse para as investigações. Segundo os investigadores, os presos e os donos dos bens confiscados atuavam como operadores financeiros da organização criminosa responsável por lavagem de dinheiro via criptoativos.

Relação com a Operação Colossus

A Operação Sibila é considerada um braço da Operação Colossus, deflagrada em janeiro de 2024. Na ocasião, foi detido em São Paulo o líder conhecido como “Rei do Cripto”, identificado como operador financeiro que teria movimentado cerca de R$ 13 bilhões entre 2017 e 2021 sem registro de emissão de notas fiscais. A rede usava empresas de fachada e “laranjas” para dificultar o rastreamento do dinheiro e realizar operações sucessivas de evasão de divisas, inclusive com ligações ao tráfico de drogas.

Modus Operandi

O grupo criminoso investigado operava por meio de uma estrutura complexa, com empresas fictícias e sócios “laranjas”, ocultando a origem dos recursos ilícitos e usando criptomoedas para facilitar a evasão de valores ao exterior. A movimentação financeira envolvia o uso de várias contas bancárias e ativos digitais, dificultando o rastreamento pelas autoridades.

Locais, Datas e Líderes

  • A Operação Sibila foi realizada em São Paulo em 4 de setembro de 2025.
  • A Operação Colossus, que originou esta ação, aconteceu em 7 de janeiro de 2024, com a prisão do líder no Aeroporto de Guarulhos (SP) quando tentava embarcar para Dubai.
  • Outros envolvidos na organização permanecem foragidos ou detidos em diferentes fases da investigação.

As investigações continuam, com expectativa de novas prisões e bloqueios patrimoniais nas próximas fases. A PF mantém o foco no desmantelamento de redes especializadas em lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de criptoativos, que já movimentaram somas bilionárias e têm conexões internacionais.

A Operação Sibila representa mais um avanço no combate ao uso de criptomoedas para crimes financeiros no país, mostrando a atuação firme da Polícia Federal junto ao Poder Judiciário contra organizações com alto poder econômico e grande capacidade de ocultação de valores.


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