Suspeita de buscar fuzil para assassinato de Ruy Ferraz tem prisão temporária decretada

Uma mulher identificada como Ana Patrícia dos Santos foi presa temporariamente na madrugada desta quinta-feira (18) em São Paulo, sob suspeita de ter buscado o fuzil usado na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.

A prisão foi decretada pela Justiça após pedido da Polícia Civil, que investiga o assassinato ocorrido na noite de segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista.

Ana Patrícia, que afirmou ser namorada de um dos principais suspeitos da execução, foi conduzida ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Em seu celular, foram encontradas fotos do fuzil utilizado na execução.

Segundo a investigação, ela teria transportado a arma da Baixada Santista para a Grande São Paulo para facilitar a ação criminosa.

Suspeita de buscar fuzil usado na execução do ex-delegado Ruy Ferraz é alvo de pedido de prisão temporária — Foto: arquivo pessoal

Além dela, a Polícia Civil identificou dois suspeitos de envolvimento direto no assassinato: Rogério Silva e Marcos Vinicius, ambos com passagens pela Justiça e supostamente ligados ao crime organizado. A Justiça também decretou a prisão temporária dos dois, que seguem foragidos.

O ex-delegado Ruy Ferraz, conhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), era secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.

Ele foi morto em uma emboscada premeditada na noite de segunda-feira (15). Criminosos armados com fuzis perseguiram seu carro, que capotou após uma colisão com um ônibus, e abriram fogo contra ele, que levou mais de vinte tiros.

A investigação aponta que o assassinato foi planejado pelo menos cinco meses antes, desde março, quando um dos carros usados foi roubado. A ação criminosa usou veículos clonados e teve a participação de cerca de seis homens encapuzados, conforme imagens de câmeras de segurança.

A polícia mantém operação para capturar os suspeitos e aprofundar as investigações. O crime reacendeu o debate sobre segurança e o poder do crime organizado em São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas classificou o caso como prioridade máxima, mobilizando as forças de segurança para prender os responsáveis e levar justiça para a população.


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