O Ministério Público de São Paulo (MPSP), a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda estadual deflagraram nesta quarta-feira (22), a Operação Plush, para desarticular um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de lojas de brinquedos em shoppings da capital paulista e região metropolitana.
A ação cumpre seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, além do bloqueio e sequestro de bens avaliados em R$ 4,3 milhões. As ordens foram executadas em quatro grandes shoppings: Center Norte e Mooca (São Paulo), Shopping Internacional (Guarulhos) e Grand Plaza (Santo André).
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os alvos da operação têm ligação com Claudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, morto em janeiro de 2022 durante disputas internas na facção. Django é apontado como um dos maiores traficantes do país, fornecedor de drogas e armamento pesado para o PCC.
As investigações apontam que a ex-mulher de Django e a irmã dela seriam responsáveis pela abertura e administração de quatro lojas de uma rede de franquias de brinquedos infantis, cujo faturamento real seria incompatível com a movimentação financeira detectada.
As duas não possuem ocupação lícita declarada, mas movimentaram valores milionários desde 2023 para ampliar o negócio e justificar a origem dos recursos ilícitos.
O uso das lojas para lavar dinheiroDe acordo com o MPSP, o grupo usava o comércio de brinquedos – especialmente produtos de pelúcia – para legitimar valores provenientes do tráfico.
As lojas foram escolhidas por apresentar alto volume de movimentação em espécie e baixo controle tributário direto. O nome da operação, Plush (termo em inglês para “pelúcia”), faz referência ao ramo de atuação usado para mascarar a origem do dinheiro.
As autoridades destacaram que o esquema faz parte de uma nova estratégia do PCC para diversificar a lavagem de ativos e reduzir a visibilidade das transações bancárias suspeitas, utilizando negócios aparentemente inofensivos para ocultar o capital ilícito.
Histórico das investigações
O nome de Django e de suas associadas já havia surgido durante a Operação Fim da Linha, deflagrada em abril de 2024, que apurava o uso da empresa UPBUS, do setor de transporte urbano, como instrumento de lavagem de dinheiro da facção. À época, o Gaeco indicou que o criminoso possuía cotistas e operações simuladas para misturar recursos do tráfico com receitas de empresas formais.
A Operação Plush aprofunda essa linha de investigação ao identificar que os mesmos agentes voltaram a atuar em outro setor comercial — desta vez, o varejo infantil —, mantendo fluxos financeiros semelhantes. O MPSP acredita que o grupo tenha lavado ao menos R$ 15 milhões desde 2022, através de depósitos fracionados e compras fictícias de estoque.
A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias, imóveis e veículos de luxo ligados às investigadas, além da suspensão das atividades comerciais das lojas envolvidas.
As equipes ainda apreenderam documentos fiscais e equipamentos eletrônicos que devem passar por perícia.
O Gaeco informou que o material recolhido poderá revelar a participação de outros membros da facção e servirá de base para um pedido de prisão preventiva dos envolvidos.
A Polícia Civil detalhou que o objetivo é desmontar a cadeia de lavagem que financia operações logísticas e armamentistas do PCC.
.A Operação Plush faz parte do esforço contínuo das autoridades paulistas para enfraquecer o braço financeiro da maior facção criminosa do país, que, segundo os investigadores, movimenta centenas de milhões de reais por ano em atividades ilícitas disfarçadas sob negócios de aparência legítima.


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