A pedido do ministro Alexandre de Moraes, que foi apoiado pela maioria da Primeira Turma nesta terça-feira (21/10), presidente da sigla de Jair Bolsonaro voltará a ser investigado por suposta participação na trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, a reabertura da investigação contra Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), por suposta participação na tentativa de golpe de Estado de 2022.
A decisão foi confirmada pela Primeira Turma da Corte por maioria de votos (4 a 1), atendendo a uma proposta apresentada por Moraes durante o julgamento do chamado “núcleo 4” da trama golpista — grupo apontado como responsável pela disseminação de desinformação sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral.
Moraes fundamentou seu voto ao relacionar as ações de Valdemar Costa Neto à condenação de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), um dos réus do núcleo 4.
Segundo o ministro, o relatório elaborado por Rocha a pedido do PL — e usado pela sigla para contestar o resultado do segundo turno das eleições de 2022 — continha informações sabidamente falsas, elaboradas com o objetivo de legitimar ataques infundados ao sistema eleitoral.
O documento foi peça central na ação do PL protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela qual o partido acabou multado por litigância de má-fé.
De acordo com Moraes, há indícios consistentes de que Valdemar participou ativamente da articulação para desacreditar o processo eleitoral e fomentar o discurso golpista que tentou sustentar Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas urnas em 2022.
Em sua decisão, o ministro ressaltou que, mesmo com o arquivamento anterior, o regimento permite a retomada de inquéritos se surgirem novas provas ou conexões diretas com outros casos em andamento. Assim, o presidente do PL será novamente investigado por dois crimes:
-Organização criminosa armada e Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
A Polícia Federal já havia indiciado Valdemar em 2024 por suspeita de ter financiado campanhas de desinformação contra as urnas eletrônicas. Entretanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou denúncia formal à época.
Durante a sessão, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino acompanharam Moraes, enquanto Luiz Fux se manifestou contra a reabertura. O entendimento de Moraes foi de que as novas provas – especialmente os vínculos entre o relatório do IVL e as ações do PL – justificam a retomada do inquérito.
Fontes próximas ao Supremo informam que o movimento surpreendeu parte da cúpula do PL, que esperava o arquivamento definitivo do caso. O partido ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão.
Relação com o “núcleo 4” da trama
O caso foi desencadeado no mesmo julgamento que condenou os sete réus do núcleo 4, grupo acusado de coordenar ataques digitais e criar teorias conspiratórias sobre fraude eleitoral. Entre eles está o engenheiro Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, apontado como articulador técnico das ações de desinformação, condenado a sete anos e seis meses de prisão.
Moraes destacou que Rocha “sabia que as informações no relatório eram falsas” e que “o documento foi produzido deliberadamente para conferir legitimidade técnica à narrativa golpista”. Diante dessa conexão direta, o ministro afirmou que a conduta de Valdemar deve ser novamente investigada “pelos mesmos efeitos e objetivos” que caracterizaram as ações do grupo condenado.
Situação de Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto, de 76 anos, é um dos principais aliados políticos de Jair Bolsonaro e foi figura central na ofensiva do PL contra o resultado eleitoral de 2022. Condenado anteriormente no escândalo do mensalão e preso entre 2013 e 2016, o dirigente volta agora ao centro de um caso criminal envolvendo ameaças à democracia. Sua defesa afirmou que “não se manifestará sobre a decisão do STF até conhecer a íntegra do acórdão”.


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