Sete integrantes do Comando Vermelho morrem em confronto com a Polícia Militar no Ceará

Na madrugada desta sexta-feira (31), uma operação da Polícia Militar do Ceará resultou na morte de sete suspeitos ligados ao Comando Vermelho em Canindé, a cerca de 120 quilômetros de Fortaleza. A ação ocorreu no bairro Campinas, após denúncias de moradores que relataram a presença de homens armados circulando próximos ao cemitério local.

Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos a tiros e reagiram, dando início a um intenso confronto. Segundo a PM, todos os suspeitos foram atingidos e morreram no local. Nenhum agente ficou ferido. Na cena, foram apreendidos um fuzil, quatro pistolas, três revólveres, duas granadas — que precisaram ser detonadas por equipes especializadas — e um veículo Fiat Palio prata, identificado como pertencente ao grupo criminoso.

As investigações, conduzidas pela Delegacia Regional de Canindé, buscam identificar os mortos e rastrear a origem do armamento, confirmando a vinculação do grupo ao Comando Vermelho. A facção, que controla boa parte do tráfico de drogas no estado, tem sido alvo de uma repressão policial crescente nas últimas semanas.

O confronto ocorre em meio a uma escalada de violência entre as forças de segurança e o Comando Vermelho em várias regiões do país. Na última terça-feira (28), o Rio de Janeiro registrou a operação mais letal da história recente, com 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha — entre eles, quatro policiais e dezenas de integrantes da facção. O Comando Vermelho reagiu com intensidade, promovendo ataques coordenados, bloqueios de vias e até o uso de drones para emboscar policiais.

No Ceará, operações conjuntas da Polícia Civil e da Polícia Militar têm resultado na prisão de dezenas de suspeitos e no desmonte de células da organização criminosa envolvidas em homicídios, sequestros e tráfico de drogas.

O avanço do crime organizado e a resposta policial violenta expõem, mais uma vez, a fragilidade do sistema de segurança pública brasileiro. O conflito permanente entre Estado e facções tem deixado comunidades sitiadas, escolas fechadas, transporte público paralisado e um clima de medo que atravessa fronteiras. A população civil, presa entre o poder das facções e a brutalidade das operações, segue sendo a principal vítima de uma guerra que parece longe de ter fim.


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