Governo Lula afunda nas contas públicas com rombo fiscal de R$ 20,2 Bi em novembro

Déficit acumulado explode 25% em 2025 e expõe falhas graves na gestão de gastos federais pelo Tesouro Nacional. No acumulado do ano, governo teve déficit de R$ 83,8 bilhões

Por Victório Dell Pyrro

O Tesouro Nacional escancarou nesta segunda-feira (29) o fracasso da política fiscal do Governo Federal ao divulgar números que não apenas frustram expectativas, como evidenciam uma deterioração acelerada na gestão dos gastos públicos.

O déficit primário de R$ 20,2 bilhões registrado em novembro de 2025 e o rombo acumulado de R$ 83,8 bilhões de janeiro a novembro expõem uma administração incapaz de alinhar discurso e prática, aprofundando desequilíbrios que já haviam sido herdados e prometidos como prioridade de correção.

Em relação a 2024, a piora é gritante: o déficit mensal cresceu 328,8% e o resultado acumulado avançou 16,6% em termos reais, revelando um governo que perdeu completamente o controle da trajetória fiscal.

O resultado de novembro, além de muito acima das projeções do mercado, que apontavam déficit de R$ 12,7 bilhões, figura como o pior desempenho para o mês desde 2023, quando o rombo chegou a R$ 41,7 bilhões.

A combinação é conhecida e reiterada: queda real de 4,8% na receita líquida, que somou R$ 166,9 bilhões, e aumento de 4% nas despesas totais, que alcançaram R$ 187,1 bilhões. Na comparação com novembro de 2024, quando o déficit corrigido foi de R$ 4,5 bilhões, o salto não deixa dúvidas de que a arrecadação segue instável, enquanto os gastos avançam sem freios, impulsionados por despesas obrigatórias e escolhas políticas que ignoram qualquer noção de responsabilidade fiscal.

A decomposição das receitas reforça o improviso que marca a condução econômica. Houve queda relevante nos dividendos pagos por estatais, com retração de R$ 6,9 bilhões, além de redução de R$ 4,7 bilhões em receitas de concessões. O governo, que apostou em receitas extraordinárias e não recorrentes, colhe agora os efeitos de uma estratégia frágil, incapaz de sustentar o equilíbrio das contas públicas. Do lado das despesas, a expansão contínua reflete um Estado cada vez mais pesado, sem contrapartida em eficiência ou crescimento sustentável.

No acumulado de janeiro a novembro, o déficit de R$ 83,8 bilhões supera com folga o resultado de R$ 67 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior, já corrigido pela inflação, configurando o pior desempenho desde 2023, quando o rombo atingiu R$ 122,8 bilhões. Mesmo com aumento de 2,9% nas receitas líquidas, que somaram R$ 2,08 trilhões, as despesas cresceram ainda mais, 3,4%, alcançando R$ 2,16 trilhões. O dado escancara a rigidez estrutural do gasto público, em especial na Previdência, cujo déficit acumulado em 12 meses chegou a R$ 442,6 bilhões, um número que por si só desmonta qualquer narrativa de ajuste fiscal consistente.

A promessa de cumprir a meta de déficit zero tornou-se, na prática, uma peça retórica. Com tolerância de 0,25% do PIB, equivalente a R$ 31,3 bilhões, o governo já se distancia do objetivo e passa a depender de artifícios contábeis para tentar salvar a aparência de responsabilidade. A exclusão de precatórios no valor de R$ 44,5 bilhões é o exemplo mais explícito de uma contabilidade criativa que não resolve o problema estrutural, apenas o empurra para frente, comprometendo a credibilidade do arcabouço fiscal recém-aprovado.

A dependência de receitas pontuais, como a expectativa de R$ 13 bilhões em dividendos concentrados em dezembro, evidencia um planejamento fiscal precário e de curtíssimo prazo. Analistas alertam que o arcabouço fiscal se mostrou permissivo demais, abrindo espaço para déficits nominais que, somados aos juros da dívida, se aproximam de R$ 1 trilhão. Enquanto isso, a dívida bruta avança para 79,5% do PIB, ampliando riscos macroeconômicos, pressionando a inflação e encarecendo o custo do financiamento público.

Os números divulgados pelo Tesouro não são apenas estatísticas frias. Eles traduzem escolhas políticas que priorizam expansão de gastos e acenos populistas em detrimento do ajuste responsável. O resultado é um Estado mais caro, menos eficiente e cada vez mais distante de um equilíbrio fiscal sustentável, transferindo para as próximas gerações o custo de uma gestão que falha em enfrentar a realidade das contas públicas.


2 comentários

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