Decreto detalha punições aos chefes de família que não impuserem o uso do traje que faz as mulheres desaparecem em público.
Apesar das promessas de não retomar a linha dura, governo fundamentalista islâmico do Afeganistão restringe gradualmente os direitos femininos. Desobediência pode resultar em prisão de pai ou outro familiar.
O chefe de Estado do Afeganistão e líder do Talibã Hibatullah Akhundzada decretou que as mulheres no Afeganistão terão de usar burcas que cubram da cabeça aos pés quando estiverem em público.
A medida, uma das mais duras desde que o grupo fundamentalista retomou o controle do país, foi anunciada numa coletiva de imprensa neste sábado (7), em Cabul.
Elas devem trajar um chador (burca da cabeça aos pés) como é tradicional e respeitoso” a fim de “evitar provocação ao encontrarem homens que não sejam parentes próximos”, afirmou.
O decreto também detalha as punições a que estarão expostos os “chefes de família” que não impuserem o uso da burca de corpo inteiro.
Esta é uma das restrições mais severas às vidas femininas desde que os fundamentalistas islâmicos assumiram o poder, em agosto de 2021.