Brasil, Eua e Reino Unido recomendam cidadãos a sairem do Líbano

Maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio tem cerca de 22 mil pessoas no Líbano

Por intermédio de suas embaixadas em Beirute, o Brasil, os Estados Unidos e a Grã Bretanha orientaram seus cidadãos que moram ou estão de passagem pelo Líbano deixem imediatamente aquele país.

O Brasil disse que é para os brasileiros sairem se lá “por meios próprios, até o retorno à normalidade”.

O Líbano abriga a maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, com cerca de 22 mil pessoas, segundo o Itamaraty. Muitos têm dupla cidadania.

A embaixada também recomendou que aqueles que não estão no país evitem viajar para lá.

Em nota divulgada em seu site, a embaixada brasileira informou que está acompanhando a escalada de tensão na região e fornecendo as orientações necessárias à comunidade brasileira.

Para brasileiros que consideram essencial permanecer no Líbano, a embaixada aconselha evitar o “sul do Líbano, em zonas de fronteiras e em outras áreas de reconhecido risco”.

Outras recomendações incluem seguir as orientações de segurança das autoridades locais, reforçar precauções em áreas de risco, não participar de reuniões e protestos, e manter-se informado sobre a situação atual no país.

Vários outros países estão aconselhando seus cidadãos a deixarem o Líbano por conta do aumento das tensões na região.

Os EUA alertaram seus cidadãos a sairem “com qualquer passagem disponível”.

O Ministério das Relações Exteriores da França recomendou neste domingo (04) que os seus cidadãos deixem o Líbano o mais rápido possível por causa da escalada da tensão no Oriente Médio. “Nós os convidamos a tomar suas providências para deixar o Líbano o mais rápido possível”, informou a pasta, chamando a atenção para “os cidadãos que estão de passagem”. O governo lembrou que o contexto é “muito volátil” e que, apesar da “grande instabilidade” em toda a área, ainda há “voos comerciais diretos e voos com escala para a França”.

O Irã prometeu uma “severa” retaliação contra Israel pela morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.

A morte de Haniyeh aconteceu poucas horas após Israel ter matado Fuad Shukr, comandante sênior do Hezbollah, em Beirute.

O temor é de que o Hezbollah, um grupo terrorista militante apoiado pelo Irã e baseado no Líbano, possa intensificar a violência, o que poderia levar a uma resposta israelense.

O Hezbollah já prometeu retaliação e lançou foguetes contra o norte de Israel, enquanto Israel respondeu atacando alvos no sul do Líbano.

O Pentágono está enviando navios de guerra e caças adicionais para proteger Israel de possíveis ataques do Irã e seus aliados.

A Embaixada dos EUA em Beirute também aconselhou aqueles que optarem por permanecer no Líbano a preparar planos de contingência e estar prontos para se refugiar por um período prolongado.

O Reino Unido está enviando pessoal militar e consular adicional para auxiliar na evacuação de seus cidadãos do Líbano.

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