Gonet defende que inquérito aberto contra Renan Calheiros prossiga no STF
O Supremo Tribunal Federal analisa há 7 longos anos mais um caso que pode dar em nada.
Claro, o investigado é importante figura no Brasil, onde só os pobres ficam presos por roubar algo alheio.
Aqui, no Brasil, roubar dinheiro publico parece, supostamente, ser um bom negócio e pode ser premiado com altos cargos.
Aliás, falar isso contra ladrão denunciado por seus comparsas que, inclusive devolveram parte do dinheiro roubado pode até dar processo contra quem fala, mas contra quem rouba não.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao ministro Flávio Dino, uma manifestação contrária a um pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para que fosse arquivado um inquérito aberto há sete anos contra ele no STF.
Renan é investigado desde maio de 2017, por supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo supostos aportes do Postalis, fundo de pensão dos Correios, em empresas ligadas ao lobista Milton Lyra.
A apuração foi aberta a partir da delação de Nelson José de Mello, ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas.
O senador alegou em agosto deste ano, que o processo tramita há sete anos e já teve o prazo de conclusão prorrogado 14 vezes, “sem qualquer indício mínimo capaz de comprovar a participação deles em ilícitos penais.
Passos de tartaruga
Até chegar ao gabinete de Flávio Dino, em fevereiro, o inquérito já havia passado pelos ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso e pela ex-ministra Rosa Weber.
A PGR disse ao ministro que a investigação é “complexa” e “segue seu curso regular”. “Até que seja definitivamente concluída, não há como descartar ou verificar, com exatidão, a participação do parlamentar nos fatos investigados”, disse Gonet.
Para Gonet, os sete anos de tramitação não são motivo suficiente para basear um arquivamento “prematuro” das investigações. “As diligências pendentes de cumprimento e que respaldaram a prorrogação das investigações são necessárias para possibilitar um juízo adicional e mais abrangente sobre os fatos investigados”,
Paulo Gonet pediu que o material do inquérito seja enviado à Polícia Federal para que as investigações continuem.
Acha paciência.