Presidente do STF, Barroso viajou a São Luís com a aeronave oficial no dia do casamento; Flávio Dino se casou com Daniela Lima
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que declarou publicamente que o STF derrotou o bolsonarismo, usou aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir cantar ao casamento de seu colega de Corte, o ministro doto comunista por Lula, Flávio Dino, no último sábado (30).
A festa foi realizada em Raposa, no litoral do Maranhão.
Luís Roberto Barroso, cantou no casamento do ministro Flávio Dino, colega de Corte, na noite de sábado (30/11). Na celebração, Barroso subiu ao palco e performou Aquarela Brasileira, de Martinho da Vila.
Barroso estava no Rio de Janeiro quando pegou a aeronave da FAB para ir a São Luís. O voo partiu às 11h15 de sábado do Aeroporto do Galeão, no Rio, e chegou às 14h15 na capital maranhense.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, a viagem teve quatro passageiros. A FAB não divulga o nome deles por questões de segurança.
O uso da aeronave por Barroso não é ilegal. O decreto do então presidente Jair Bolsonaro número 10.267/2020 prevê o uso de avião da FAB pelo vice-presidente; presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF); ministros de Estado e demais ocupantes de cargo público com prerrogativas de ministro de Estado; comandantes das Forças Armadas; e chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
Mas exercer atividade político-partidária e ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo, procedendo de modo incompatível com a honra dignidade e decôro de suas funções é crime. Por estes crimes, ao declarar ter derrotado metade da população brasileira que votou em Bolsonaro, o ministro deveria ter tido um processo de impedimento aberto no Senado Federal.
Parlamentares da oposição ao governo beneficiado no caso, o de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentaram petição protocolada no Senado com a assinatura de 17 senadores e 70 deputados. Os senadores afirmaram que Barroso exerceu atividade político-partidária e cometeu crime de responsabilidade, segundo a Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950), ao afirmar, em congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), um movimento político da esquerda, no dia 12 de julho, que “nós derrotamos o bolsonarismo”.
Criminosamente, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco se omite de colocar o pedido para a análise do Senado.