Policiais da Cord cumpriram 23 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão. Quadrilha era gerenciada por um casal do DF
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), uma operação para prender uma quadrilha de traficantes de cocaína e maconha que transportava a droga junto com carregamentos de flores, que vinham de Holambra, em São Paulo.
A PCDF cumpre 69 mandados. Entre eles, 23 são de prisão temporária e 46 de busca e apreensão. até o momento, ao menos 22 pessoas foram presas no Distrito Federal, São Paulo e Goiás.
O suposto chefe do esquema, um homem de 49 anos, jogou os celulares no terreno de um vizinho, no Gama, no DF, quando percebeu a presença dos agentes da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) PCDF durante a sua prisão. A mulher dele, de 31 anos, também é acusada de participar da organização financeira da quadrilha.
Um outro preso chegou a jogar dinheiro no vaso sanitário e dar descarga.
Segundo as investigações, a quadrilha usava quatro empresas de fachada para lavar o dinheiro do tráfico. Uma delas, localizada em São Paulo, movimentou R$ 199 milhões nos últimos dois anos. As investigações começaram no ano passado após a localização de uma mala abandonada com 29 quilos de cocaína.
Os demais investigados se referem a pequenos traficantes e “testas de ferro” envolvidos com o grupo criminoso. Foi autorizado ainda o bloqueio na conta dos investigados até R$ 10 milhões em relação às pessoas físicas e R$ 100 milhões em relação às pessoas jurídicas.
“A estrutura empresarial contava com um núcleo familiar responsável pelos recebimentos dos valores obtidos com a venda das drogas, composto por dois irmãos, já presos anteriormente por tráfico de drogas, a companheira de um deles, de 31 anos, e a genitora, de 47 anos”, aponta a Polícia Civil.
As investigações apontam que o chefe do esquema fazia a distribuição das drogas na casa dele, no Gama. Já a entrega era feita por motoboys e motoristas de aplicativos.
Os criminosos vão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas. A operação contou com o apoio da Polícia Civil dos Estados do Paraná, São Paulo e Goiás e Polícia Rodoviária Federal.