Mandados estão sendo cumpridos na sede do Ministério Público do Tocantins, e em outros endereços
A Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira (18) uma operação contra um esquema de vazamentos de decisões judiciais.
A investigação começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro ordens de busca e apreensão.
Entre os alvos da investigação estão um procurador de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPTO), e um advogado que atua como assessor jurídico no gabinete dele.

Este é um desdobramento da Operação Sisamnes que investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva.
Mandados estão sendo cumpridos na sede do órgão, em Palmas, e nos endereços dos investigados.
A decisão é assinada pelo ministro do Superior Tribunal Federal Cristiano Zanin. Conforme apurado pela TV Anhanguera, a operação investiga a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados no suposto esquema.
Além dos mandados, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Segundo a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça. O vazamento das informações acabava frustrando o andamento de operações policiais.
