Ações investigam complexo esquema de corrupção que envolvia a compra de decisões judiciais
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quarta-feira (14), dois suspeitos de obstruirem investigações na Operação Sisamnes, que investiga a compra de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a PF, os investigados realizaram “atos graves de obstrução da justiça”, tentando impedir o avanço das medidas judiciais que foram cumpridas na última terça-feira, quando foi deflagrada a quinta fase da operação.
A 6ª etapa da Operação Sisamnes foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o sequestro de bens e valores dos investigados, totalizando aproximadamente R$ 20 milhões. Zanin também proibiu os envolvidos de deixar o país.
A 6ª fase foi desencadeada menos de 24 horas após o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em diferentes municípios, incluindo quatro no Mato Grosso, e a decretação de sequestro de bens e bloqueio de valores que somam cerca de R$ 20 milhões.
O esquema envolve uma “rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro”, segundo a PF, criada para disfarçar a origem ilícita das propinas pagas em troca de decisões judiciais favoráveis.
As investigações indicam a existência de um grupo de empresários, operadores financeiros e casas de câmbio utilizados para movimentar os recursos de forma oculta, evitando a ligação direta entre os agentes corruptores e os servidores públicos corrompidos.
A Operação Sisamnes foi lançada para desmantelar um esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propinas em troca de sentenças favoráveis no STJ.
A rede criminosa utilizava contratos simulados, empréstimos falsos e operações comerciais de fachada para ocultar a origem e o destino dos valores.
A Polícia Federal ainda não sabe o tamanho da rede de corrupção que envolve a venda de decisões de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) , desembargadores e juízes.
O maior escândalo até hoje visto no judiciário brasileiro foi revelado pela jornalista Larissa Borges da Revista Veja.
Segundo a reportagem, depois que um assassino de aluguel matou o advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, Mato Grosso, a escandalosa e gigantesca rede de corrupção no judiciário brasileiro foi descoberta.

