Defesa alega falta de acesso a provas
O deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA) optou por permanecer em silêncio durante seu interrogatório realizado nesta quinta-feira (28) no Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento faz parte da ação penal que apura desvios de emendas parlamentares, processo no qual Maranhãozinho é réu pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
Contexto do Caso
O processo teve origem em denúncias de 2020 feitas pelo então prefeito de São José de Ribamar (MA), Eudes Ribeiro, que acusou o parlamentar e outros envolvidos de cobrar propina de 25% sobre o valor de R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares destinadas ao município. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), entre janeiro e agosto daquele ano, José Josimar Maranhãozinho Rodrigues de Oliveira, conhecido como Maranhãozinho, liderou um esquema de desvio envolvendo também os deputados Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE).
A Polícia Federal (PF) produziu relatórios com mensagens interceptadas que revelam negociações e ameaças a prefeitos para garantir o pagamento da propina. Além disso, a investigação aponta para a existência de uma estrutura armada utilizada para pressionar gestores locais.
Segundo a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, os parlamentares, com o apoio de outras pessoas, solicitaram ao prefeito Eudes Sampaio Nunes, de São José do Ribamar (MA), propina para liberação de recursos federais.
O valor do pedido, diz a PGR, foi de R$ 1,6 milhão para que fossem liberados R$ 6,6 milhões em emendas patrocinadas pelos deputados do PL.
Segundo a denúncia da PGR, foram enviadas três emendas para o município de São José do Ribamar, que totalizavam cerca de R$ 6,6 milhões. Tais emendas teriam sido destinadas pelos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), atualmente fora de exercício.
A PGR cita que Maranhãozinho seria o líder do esquema, e teria, além de destinado uma das emendas, coordenado o envio de outras duas. A alegação se dá com base em mensagens de WhatsApp trocadas com Pastor Gil em fins de 2019, quando Maranhãozinho disse para “deixar 1.048.000 para São José de Ribamar” – o que efetivamente ocorreu.
O Interrogatório e a Estratégia de Defesa
Durante o interrogatório, presidido pelo juiz auxiliar do ministro Cristiano Zanin, Lucas Sales da Costa, Maranhãozinho decidiu não responder às perguntas, fazendo uso do direito constitucional ao silêncio. A defesa do parlamentar já havia declarado anteriormente ao STF que as acusações são frágeis e desfundamentadas, rejeitando a ideia de que ele tenha cometido os crimes imputados.
Esta ação penal passou a tramitar no STF após a Primeira Turma aceitar a denúncia, em decisão unânime, em março de 2025, tornando os deputados réus. O interrogatório marca a fase final da instrução processual, antecedendo a fase das alegações finais e julgamento.
Implicações e Próximos Passos
O caso é emblemático dentro do contexto maior das investigações sobre o chamado “orçamento secreto”, esquema que envolve desvios de recursos por meio de emendas parlamentares cujos beneficiários finais muitas vezes não são transparentes. O STF tem atuado vigorosamente para fiscalizar e punir essas condutas, que prejudicam a aplicação correta dos recursos públicos.
Além de Maranhãozinho, os deputados Pastor Gil e Bosco Costa também foram interrogados no mesmo dia e seguem respondendo pelas mesmas acusações. A Justiça avalia a robustez das provas, que incluem mensagens, interceptações telefônicas e testemunhos, para decidir sobre eventuais condenações.


kraken onion зеркала
Заказать авто из Китая https://dostavka-avto-china2.ru новые автомобили с гарантией, выгодные цены и проверенные поставщики. Доставка, таможня и оформление всех документов под ключ.
Nếu bạn đang tìm kiếm một nhà cái uy tín và nhiều khuyến mãi, QQ88 chính là lựa chọn hoàn hảo. Giao diện thân thiện cùng hệ thống bảo mật hiện đại mang đến sự an tâm tuyệt đối.