PEC reduz limite semanal, derruba escala 6×1, mantém salário integral e abre uma das maiores disputas políticas entre sindicatos, setor produtivo e Congresso desde a reforma de 2017
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que reduz a carga máxima de trabalho no país de 44 para 36 horas semanais, sem corte salarial, e elimina a jornada 6×1 como regra geral. A medida, defendida por centrais sindicais há décadas e classificada por empresários como um potencial “terremoto de custos”, abre caminho para uma das votações mais sensíveis do ano no plenário da Casa.
A PEC 148/2015, apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e relatada por Rogério Carvalho (PT-SE), estabelece que a jornada será de até 8 horas diárias e 36 horas semanais, distribuídas em no máximo cinco dias de trabalho por semana. O texto ainda garante dois dias consecutivos de descanso, preferencialmente aos sábados e domingos — o que, na prática, desmonta o regime de seis dias de trabalho por apenas um de folga, predominante no comércio e em setores de baixa renda.
O relator defendeu que a mudança “corrige distorções históricas” e aproxima o Brasil de padrões internacionais de bem-estar laboral. Segundo Carvalho, experiências citadas em debates promovidos pela própria CCJ desde 2015 indicam ganhos de saúde física e mental, além de potencial de geração de empregos, já que empresas teriam de contratar mais pessoal para cobrir as horas reduzidas.
A transição será progressiva. No primeiro ano após eventual promulgação, o limite cai para 40 horas semanais. A partir daí, a carga será reduzida em uma hora por ano até alcançar as 36 horas estipuladas, em um período de quatro a cinco anos — sempre com preservação integral dos salários, fixada diretamente na Constituição.
A oposição, porém, contestou tanto o mérito quanto o rito. Parlamentares criticaram o que chamaram de “votação relâmpago”, ocorrida em item extra-pauta às vésperas do recesso. Entidades empresariais também reagiram. Representantes do setor produtivo alertam para o impacto financeiro imediato, afirmando que a PEC ignora diferenças entre ramos de atividade e deveria ser tratada em convenções coletivas, e não no texto constitucional.
Mesmo com resistências, o avanço da proposta representa um marco. Desde a reforma trabalhista de 2017, raras iniciativas de amplitude constitucional conseguiram avançar sobre temas sensíveis como carga horária, distribuição de folgas e remuneração.
Com a aprovação na CCJ, a PEC segue agora para o plenário do Senado, onde precisará de três quintos dos votos em dois turnos. Se aprovada, seguirá à Câmara dos Deputados, repetindo o mesmo rito antes de poder ser promulgada e reescrever de forma definitiva a organização da jornada de trabalho no país.




Have you ever thought about writing an e-book or guest authoring on other websites?
I have a blog centered on the same subjects you discuss and would really
like to have you share some stories/information. I know my visitors would enjoy your work.
If you are even remotely interested, feel free to shoot me an e mail.
Thanks for finally writing about > Aprovada jornada de 36 horas na CCJ do Senado – BSB REVISTA < Liked it!
f168
We absolutely love your blog and find almost all of your post’s
to be exactly I’m looking for. Does one offer
guest writers to write content for you? I
wouldn’t mind composing a post or elaborating on many of the subjects you write regarding here.
Again, awesome weblog!
Since the admin of this web page is working, no doubt very
rapidly it will be renowned, due to its quality contents.