Ação do PDT pede inelegibilidade da chapa do presidente
O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves abriu nesta sexta-feira (9), uma investigação para apurar a conduta da chapa presidencial do presidente Jair Bolsonaro e do general Braga Netto durante os eventos do último 7 de Setembro.
Mais de 120 mil pessoas estiveram na manifestação na Esplanada dos Ministérios no último domingo e assistiram aos discursos feitos depois do encerramento do desfile.
Em cima de um trio elétrico particular, já sem a faixa presidencial usada no desfile, Bolsonaro falou para os manifestantes que lotaram a Esplanada com pedidos de impedimento dos ministros do STF e a volta do ex-presidente Lula para cadeia.
Antes da manifestação política, houve na via N1, chamada de Eixo Monumental Norte, o desfile de 7 de setembro que foi acompanhado por cerca de 1000 pessoas nas arquibancadas montadas pelo governo.
Gonçalves deu cinco dias para que os candidatos a presidente e vice pelo PL apresentem sua defesa.
O ministro atendeu a um pedido do PDT, que considera ter havido uso eleitoral de dinheiro público nas comemorações do bicentenário da Independência do Brasil.
O partido de Ciro Gomes, também candidato à presidência, pediu que Bolsonaro e Braga Netto tenham seu registro cassado e sejam declarados inelegíveis.
Para o PDT, Bolsonaro usou seu cargo e a estrutura da comemoração, com gastos de R$ 3,38 milhões, para “desvirtuar o evento para promoção de sua candidatura”, o que configuraria abuso de poder político e econômico.