Mandatário comparece ao prédio da Presidência e encerra período de isolamento que se estende desde a eleição de Lula como chefe do Executivo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a despachar do Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (23). É a primeira vez, em 20 dias, que o atual mandatário do país deixa o Alvorada para trabalhar na sede da Presidência da República.
A última vez que Bolsonaro havia comparecido ao Palácio do Planalto foi em 3 de outubro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O compromisso não foi divulgado oficialmente.
Bolsonaro está com um ferimento na perna que dificulta até vestir calças compridas, o que justifica seu isolamento na residência oficial.
Bolsonaro feriu a perna durante a campanha, mas não cuidou direito à época. O ferimento infeccionado fez com que ele tivesse de tomar antibióticos e sentido febre e indisposição.
Segundo os registros oficiais da Presidência, 31 de outubro, um dia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar o ex-presidente Lula eleito, foi a última data em que o atual presidente despachou no local.
A ida ao Planalto dá fim a uma reclusão de quase quatro semanas de Bolsonaro. A agenda oficial desta quarta prevê apenas um compromisso com o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN). Inicialmente, a agenda ocorreria às 11h30, no Palácio da Alvorada.
Com a reclusão do mandatário no Palácio da Alvorada, os compromissos oficiais do chefe do Executivo tiveram uma redução de 63%, segundo registros da agenda presidencial.
De 30 de outubro até a última sexta-feira (18), Bolsonaro teve 27 compromissos como presidente. No mesmo período do ano anterior, a agenda oficial assinalou 74 reuniões e eventos.
Nas últimas três semanas, o atual presidente recebeu familiares e aliados próximos, como ministros, parlamentares e assessores, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
O estado de saúde fez com que o presidente passasse para seu vice, general Hamilton Mourão (Republicanos), compromissos como receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros na última quarta-feira (16). A agenda geralmente conta com a presença do presidente.