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Segundo a UFMG, que divulgou a pesquisa no mês passado, apenas 11% das jazidas estão em terras indígenas. Maioria das áreas possíveis de exploração estão em áreas particulares.
A pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais mostra que o Brasil tem reservas de potássio que poderiam garantir o abastecimento do mineral, inclusive para a produçade fertilizantes, até 2100.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, 50% da importação brasileira do insumo vem da Rússia e de Belarus, países diretamente envolvidos na guerra da Ucrânia e que sofrem bloqueios internacionais para escoar sua produção.
A pesquisa comandada pelo professor Raoni Rajão, do departamento de Engenharia de Produção da UFMG, mostra que dois terços das reservas se concentram nos estados de Sergipe, São Paulo e Minas Gerais.
Já entre as que estão na Amazônia, apenas 11% se sobrepõem a terras indígenas ainda não homologadas. Os números foram levantados com base em dados do Ministério de Minas e Energia.
O Brasil depende da importação de fertilizantes à base de nitrogênio, fósforo e potássio para garantir a produção agrícola. Eles são utilizados para corrigir o solo e garantir o aumento da safra.
Segundo os pesquisadores Raoni Rajão e Everaldo Zonta, o país tinha independência de potássio até 1990.
“Vem desde a privatização da Vale, que era a grande produtora. O aumento da produção de alimentos, que hoje mantém a balança comercial positiva, se deve ao aumento no consumo de fertilizantes, mas a produção nacional não seguiu a mesma linha”, analisa Zonta.
Mineradores que pediram reservas afirmam que estão enfrentando dificuldades na liberação das áreas de mineração na Agência Nacional de Mineração (AMN).
“O município, diz que o projeto da exploração está normal e que pode acontecer. O prefeito autoriza a mineração, o governo do estado também não vê impecilhos, mas o projetos ficam parado na AMN”. Reclamam as mineradoras.
Para a indústria mineração, “o Brasil não precisa ficar dependendo do humor do mercado internacional ou da existência de guerras, como essa da Rússia, podemos ter produção nacional em curto espaço de tempo e sem utilizar áreas de terras indígenas. Basta ter agilidade e disposição política”, sugerem.
No mês passado, a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) divulgou que os produtores teriam estoque de fertilizantes para três meses.
Excelente matéria, parabéns ao nobre e competente jornalista, que além de informar com profissionalismo e a verdadeira história do drama dos fertilizantes, está contribuindo com o Brasil e o Agronegócio!?????????