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Segundo a matéria, sindicalistas contrataram empresas para formar “brigadas digitais” e impulsionar candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva do PT, à presidência da República.
O Metrópoles diz que dois dirigentes da central sindical, Roni Barbosa e Admirson Medeiros, orientaram membros de seu grupo sobre o uso eleitoral das chamadas “Brigadas Digitais” no Whatsapp.
O método da confederação sindical é semelhante ao que levou a chapa do hoje presidente Jair Bolsonaro (PL) a ser julgada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2019, após denúncias de que empresários financiaram disparos em massa em defesa do então candidato do PSL ao Planalto.
A chapa acabou poupada de punição, mas a Corte criou uma resolução na qual afirma que situações similares poderiam ser enquadradas como abuso do poder econômico e político ou uso indevido de meios de comunicação, e passíveis de punição – inclusive cassação do registro da chapa.
Num vídeo citado pela reportagem, Barbosa diz que agências de publicidade e uma empresa especializada no envio de mensagens foram contratadas com recursos da entidade sindical.
Um exemplo da estratégia pôde ser visto no planejamento para o dia 13 de junho. Os grupos liderados pela CUT se mobilizaram para usar a hashtag #Mais13Hoje. As Brigadas Digitais receberam material alusivo ao pré-candidato petista, como fotos, cards e artes, em uma pasta do Google Drive.
Em outra pasta, foram enviadas dezenas de sugestões de tuítes. Os textos relembram feitos positivos do governo Lula e fazem campanha favorável ao ex-presidente. No dia combinado, as mensagens foram publicadas centenas de vezes por diversos usuários.
Em um dos vídeos obtidos pelo Metrópoles, o secretário-adjunto de comunicação da CUT mostra slides com um balanço parcial. Já somavam-se 56 cards, 74 vídeos e 52 disparos de WhatsApp, que alcançavam diretamente 2.170 pessoas. “Esse número aqui já cresceu, está bem maior”, destacou Greg.
Assista aos vídeos do Metrópoles:
O uso de recursos da entidade para fins eleitorais é proibido. Eventual ilegalidade teria relação com o financiamento e utilização da estrutura sindical em prol de campanha eleitoral. Exemplo disso seria a contratação de empresas, com recursos do sindicato, para prestar serviços na campanha eleitoral.
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