A Polícia Federal, que já participa da auditoria das urnas eletrônicas, vai usar um programa externo ao TSE, que não ficou claro quem irá desenvolver, para auditar os equipamentos nas eleições deste ano, enquanto militares nãodisseram o que vãofazer.
O Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa enviaram ofícios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informando que a PF e os militares participarão da auditoria das urnas eletrônicas para as eleições deste ano.
No ofício, da Justiça ainda consta menções à possibilidade da PF, que já participa de todo o processo de audição das urnas, desenvolver “programas próprios” para verificação dos equipamentos.
O documento assinado pelo ministro da Justiça Anderson Torres e endereçado ao presidente do TSE ministro Edson Fachin, na sexta-feira passada, diz que o objetivo é de “resguardar o Estado democrático de Direito”.
“Informo ainda que a necessidade de participação da PF na fiscalização e auditoria relativas ao emprego da urna eletrônica (sistema eletrônico de votação), inclusive com a possibilidade de desenvolvimento de programas próprios de verificação (art. 15 da Resolução no 23.673÷2021), visa resguardar o estado democrático de direito, que exige integridade e autenticidade dos sistemas eleitorais, consagrando, assim, uma eleição escorreita”, afirmou o Ministro da Justiça, Anderson Torres no oficio.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, tomou atitude semelhante e nessa segunda-feira (20) disse ao TSE que os militares são “entidades fiscalizadoras do sistema eletrônico de votação“.
No mesmo dia, segunda (20), o representante das Forças Armadas na CTE (Comissão de Transparência Eleitoral), general Heber Portella, ficou calado e com a câmera desligada durante o encontro virtual do colegiado.
O general não apareceu em nenhum momento nesta que foi a primeira reunião conjunta entre a CTE e o OTE (Observatório de Transparência das Eleições), grupo formado por instituições da sociedade civil e públicas ligadas às áreas de tecnologia, direitos humanos, democracia e ciência política.
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, ainda não se pronunciou ou respondeu aos ofícios enviados pela Justiça e pela Defesa ao Tribunal.