Tribunal Superior Eleitoral comunicou que “dever de imparcialidade” não permite ida do ministro à reunião
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a reunião com embaixadores sobre a segurança das urnas eletrônicas e do pleito.
Em nota, o TSE afirmou que “na condição de quem preside o Tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”.
Bolsonaro planeja o encontro desde o início do mês, após dizer ter se sentido atingido por Fachin de que ele teria duvidado da lisura do sistema eleitoral brasileiro.
O encontro está agendado para esta segunda-feira (18).
“Na semana passada, o ministro Fachin convida e aproximadamente 70 embaixadores vão ao TSE para ouvir dele as maravilhas que são as urnas eletrônicas brasileiras, que não são adotadas em nenhum país do mundo, a não ser Bangladesh e Butão”, afirmou Bolsonaro.
“[Fachin] basicamente deixa transparecer que estou duvidando do sistema eleitoral, preparando um golpe para pós-eleições. E deixa claro, nas palavras dele, que, uma vez anunciado o resultado das eleições, o mundo todo deve reconhecer imediatamente Lula como presidente da República eleito”, disse o presidente.