Seleção feminina dá show no Pan e conquista o ouro na disputa por equipes. Reprodução: Ricardo Bufolin/CBG

Ginástica e Fadinha levam ouro e muito mais esporte no giro do fim de semana

Seguindo a tomada de junho, o último final de semana foi marcado por muito esporte e por muitas medalhas e disputas para brasileiros.

PAN DE GINÁSTICA ARTÍSTICA

Lideradas pela campeã olímpica Rebeca Andrade e por Flávia Saraiva, a seleção feminina fez bonito no Rio de Janeiro e, pela primeira vez, bateu os Estados Unidos na disputa por equipes. Sem quedas de qualquer atletas, as brasileira somaram 162,999 pontos e garantiram o ouro. Já na disputa por equipes masculinas, o Brasil ficou seis pontos atrás dos americanos e acabou com a prata. Agora, o foco é no mundial, que acontece do dia 29 de outubro ao dia 6 de novembro, em Liverpool.


Além do título por equipes, Flávia Saraiva foi campeã do individual geral e das traves e ainda conquistou uma prata no solo, e Rebeca Andrade foi ouro nas barras assimétricas e prata nas traves.

No individual masculino, Caio Souza foi mais uma vez campeão do individual geral. É a terceira vez que ele conquista essa marca na carreira e, dessa vez, ele ainda saiu como maior medalhista da competição. Ele também conquistou ouro no salto, prata nas argolas e na barra fixa e bronze nas paralelas.

Retornando de cirurgia, o campeão olímpico Arthur Zanetti mais uma vez conquistou o ouro nas argolas e Arthur Nory fechou o quadro de medalhas brasileiras com um bronze na barra fixa.

SLS

Mais uma vez a Fadinha deu show e conquistou o título na primeira etapa da Street League, em Jacksonville. Rayssa Leal viu a japonesa Yumeka Oda fazer a maior nota da história da competição no feminino, com um 9.4. Porém, na última manobra, a brasileira conseguiu virar o jogo e conquistar o ouro.

Raíssa comemora o Ouro em Jacksonville


Depois da nota da japonesa, a Fadinha precisava de um 7.5 para ser campeã. E foi o que ela fez. Com um heelflip rockslide, ela tirou 7.6 e venceu a adversária por 0.2 pontos. Além da japonesa, que foi prata, o pódio foi completado por Pâmela Rosa, atual campeã mundial, que teve uma de suas melhores notas zerada, por conta de mudanças no regulamento.

A próxima etapa da SLS é em Seattle e acontece nos dias 13 e 14 de agosto.

MUNDIAL DE ATLETISMO

Alisson dos Santos, ou Piu, como é conhecido, segue voando na temporada. O brasileiro, atual medalhista olímpico de bronze nos 400m com barreiras, mostrou o porquê de ser um dos melhores do mundo na atualidade e está na final da prova no mundial de Oregon, Estados Unidos, que acontece nesta terça-feira.

Daniel Nascimento, atleta da maratona, ficou em 8° lugar na competição e passa a dar esperanças de futuras medalhas olímpicas para os brasileiros. Dono da melhor marca de um maratonista nascido fora da África, Danielzinho fez uma ótima prova, ainda mais considerando-se que ele machucou o tornozelo durante a realização da prova.

Darlan Romani, o Senhor Incrível brasileiro, não conquistou medalha no mundial, mas mostrou que segue como um dos melhores do mundo no arremesso de peso. Com quase 22m, o Darlan ficou em 5° lugar na competição.

O mundial está longe de acabar e você pode acompanhar as provas no Sportv.

JUDÔ

No GP de Zagreb, na Croácia, a seleção brasileira de judô conquistou quatro medalhas, três bronzes e uma prata e agora volta o foco para o campeonato mundial, que acontece de 6 a 13 de outubro, em Tashkent, no Uzbequistão.

Em nova categoria, Daniel Cargnin, medalhista de bronze nas olimpíadas de Tóquio, trouxe mais uma medalha para o Brasil e mais uma vez de bronze. Quem também repetiu a cor da medalha dos jogos olímpicos no Grand Prix foi Mayra Aguiar, que venceu a holandesa Karen Stevensson na decisão do terceiro lugar.

A porta-bandeira do Brasil no Japão, Ketleyn Quadros foi outra que ficou em terceiro em Zagreb. Para fechar, Rafael Macedo conquistou a maior vitória brasileira na competição, com uma medalha de prata.

LIGA DAS NAÇÕES

Claro que fica um gosto amargo pela derrota na final diante da Itália, mas é preciso lembrar que essa é uma seleção muito jovem (das seis titulares no jogo, três tinham menos de 23 anos) e que está sendo preparada para os jogos olímpicos de Paris, em 2024. Enfrentando as atuais campeãs europeias, com 9 jogadoras que faziam parte daquele elenco, ficou nítida a diferença de experiência e de calma em uma decisão.

O placar de 3 a 0 faz jus ao jogo, mas não ao que a seleção feminina vinha apresentando nos outros jogos da competição. A Carol, principal bloqueadora do campeonato, teve apenas um ponto de bloqueio durante todo o jogo e Júlia Bergmann, principal jogadora da seleção na semifinal, fez apenas 3 pontos na partida. O Brasil viu na capitã Gabi e na oposto Kisy seus pontos de apoio, mas as boas atuações não foram suficientes para trazer o título.

Além do claro nervosismo e falta de participações em decisões da grande maioria das brasileiras, a Itália contou mais uma vez com Paola Egonu, uma das melhores jogadoras do mundo na atualidade. Além de ter sido eleita melhor oposta e jogadora do campeonato, a italiana teve média de quase 28 pontos nos três jogos da fase final da competição. Apesar de não ter sido seu melhor jogo, os 21 pontos foram fundamentais para a vitória.

Nunca é bom perder, mas existem muitos pontos positivos a serem levados dessa derrota e que devem ser ressaltados. Carol e Gabi entraram na seleção do campeonato e mostraram o motivo de estarem entre as melhores do mundo em suas posições. Júlia Bergmann, Kysi e Júlia Kudiess, titulares na final, deixam claro que a renovação está sendo bem feita e que o vôlei feminino do Brasil tem um futuro brilhante. As duas líberos, que se revezaram durante o campeonato, são novas e se mostraram prontas para assumir o posto em uma posição que sempre foi muito marcante para a seleção. Ana Cristina, mais jovem jogadora do elenco, entrou no final do jogo, em uma situação muito tensa e difícil, e deu uma nova vida para o Brasil, mesmo que curta.

Como conjunto, apesar de não ter ganhado nenhum set, as brasileiras mostraram resiliência e foram atrás do resultado. Em diversos momentos, elas perdiam por 5 ou 6 pontos, mas sempre buscaram as italianas e perderam os sets em pequenos detalhes, algo muito comum em seleções muito jovens e nervosas.

O resultado não foi o esperado, mas chegar na final de uma competição de tão alto nível em meio a uma renovação de elenco é importante pensando no futuro. Agora, Zé Roberto e a comissão técnica voltam as atenções para o mundial, que acontece na Holanda e na Polônia, entre os dias 23 de setembro e 15 de outubro.

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