Sequência de delitos cometidos por integrantes da corte e as reações nas redes sociais geraram insegurança nos responsáveis pela integridade dos magistrados
A segurança do Supremo Tribunal Federal está planejando estratégias de fuga para os ministros da Corte. Vários cenários para as esperadas manifestações bolsonaristas no feriado de 7 de Setembro estão sendo estudados.
A expectativa é de que a Esplanada esteja lotada. O serviço de inteligência identificou a previsão de ocupação de 100% da rede hoteleira de Brasília, atípica para feriados na Capital.
No ano passado um hóspede foi flagrado com uma arma automática de longo alcance no quarto do hotel em que estava hospedado.
A hipótese de tentativas de ataques pessoais a ministros é considerada a mais grave e conta com um plano estruturado de ação para resgatá-los, onde quer que estejam, e levá-los até um lugar seguro.
Os seguranças temem que neste ano os protestos sejam inflamados como os do ano passado, quando militantes tentaram avançar a pé e até com caminhões para a Praça dos Três Poderes.
O esquema de proteção dos edíficios da Corte e de seus ministros foi planejado levando em conta as piores situações.
Os planos são similares ao que resultou em sucesso em 2021, em que houve previsão de resgate dos ministros por meio de helicópteros, que não precisou ser executado, já que a Polícia Militar do Distrito Federal evitou a invasão da sede da última instância do judiciário e segurou a multidão distante do prédio.
Desta vez, os onze integrantes da Corte terão à disposição um grupo de agentes de segurança treinados para adotar, em caso de crise, os “protocolos necessários de acordo com cada cenário”, segundo um dos integrantes da força tarefa.
O STF já orientou os ministros a não informarem onde passarão o feriado.
O único terá paradeiro certo é o presidente do Supremo, Luiz Fux que ficará em Brasília, para monitorar as manifestações e para reagir institucionalmente em caso de necessidade.
Convidado pelo Palácio do Planalto a participar do desfile oficial da Independência, na Esplanada dos Ministérios, Fux ainda não respondeu se comparecerá. Ele pretende decidir em cima da hora se irá.
Para impedir que veículos furem os bloqueios, como aconteceu no ano passado, o Eixo Monumental, a via que leva à Praça dos Três Poderes, terá blocos de concreto e as forças de segurança usarão caminhões como barreira. Em torno da sede do Supremo o voo de drones estará proibido.