Sociedade Brasileira de Infectologia defende volta do uso de máscaras e do distanciamento social
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu, nesta sexta-feira (11), o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos se torne novamente a tragédia que abateu quase 700 mil brasileiros por inércia de ações de governo.
Para a SBI, as medidas são necessárias para evitar que o cenário atual de alta nos casos de Covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes.
Diante do aumento de casos de Covid-19, relacionados principalmente com a nova sublinhagem BQ.1 da variante de preocupação ômicron, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou nesta sexta-feira, 11, recomendações para evitar uma explosão de episódios no Brasil, algo que poderia levar a hospitalizações e mortes pela doença. Manter o esquema de vacinação contra a Covid atualizado, utilizar máscaras em ambientes fechados e evitar aglomerações são as principais orientações.
O documento foi elaborado pelo Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias (CCCIR) da entidade e considerou os dados sobre a doença coletados nas últimas semanas, indicando a elevação de episódios positivos de infecção pelo novo coronavírus. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a positividade passou de 3,7% para 23,1%, na comparação entre a primeira semana de outubro e a primeira semana deste mês.
Nos últimos dias, a nova sublinhagem da ômicron foi detectada nos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde uma paciente de 72 anos diagnosticada com a BQ.1 morreu.
Além de manter o esquema de imunização contra a Covid-19 atualizado (com quatro doses da vacina para a população com mais de 18 anos), a SBI cobrou a aquisição e oferta de doses para todas as crianças na faixa de 6 meses a menores de 5 anos. O Ministério da Saúde iniciou a distribuição de doses para esse grupo nesta quinta-feira, 10, mas apenas para crianças com comorbidades.