Imagens de Bento Albuquerque e seu assessor tentando liberar as joias de R$ 16 milhões com auditores da Receita em Guarulhos circularam hoje
A Polícia Federal intimou nesta quarta-feira (8) o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o ex-assessor do ministério Marcos André Soeiro a depor no inquérito sobre as joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita a Jair e Michelle Bolsonaro.
Os depoimentos estão previstos para esta quinta-feira (9), e a apuração foi aberta pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino.
No ofício a Rodrigues, Dino afirma que as tentativas de entrada com os artigos de luxo sem declaração à Receita federal “podem configurar crimes contra a administração pública tipificados no Código Penal”.
Bolsonaro pode ser acusado de três crimes: peculato, descaminho e lavagem de dinheiro.
Nesta quarta, um vídeo das câmeras de segurança do aeroporto de Guarulhos no momento da apreensão das joias, em 26 de outubro de 2021, foram divulgadas.
As joias foram detectadas pelos fiscais da Receita dentro da mochila de Soeiro, quando a comitiva liderada por Albuquerque voltava do Oriente Médio.
As imagens e áudios mostram o auxiliar do ministro tentando liberar os artigos de luxo, alegando que eram para o presidente, e o próprio Albuquerque dizendo que as joias seriam “lá para a primeira-dama [Michelle]”.