O presidente venezuelano nomeou general que é deputado do partido no poder como autoridade provisória do território
Apenas dois dias depois do referendo sobre invadir Essequibo, 70% do território da Guiana que a Venezuela disputa decidiu invadir, o Governo de Nicolás Maduro avança para tentar fazer cumprir o que foi aprovado no domingo em plebiscito.
No domingo (3), as agências de notícias e venezuelanos informaram que as ruas mostraram participação quase nula no plebiscito.
Mesmo assim, o chavismo foi descrito como uma vitória com 10,4 milhões de eleitores, o que despertou mais uma vez uma crise de credibilidade nas autoridades eleitorais do país.
Nesta terça-feira, Maduro apresentou na televisão o novo mapa oficial do país com o Essequibo incorporado, sem a delimitação reivindicada, durante um Conselho de Estado e Defesa da Nação em que anunciou uma série de medidas e legislação futura para finalizar a posse do território e dos seus recursos.
Mapa da região de Essequibo
Esta sede da Zona de Defesa Integral da “Guiana Essequiba” ficará sediada em Tumeremo e designo provisoriamente o major general Alexis José Rodríguez Cabello como autoridade única na “Guiana Essequiba“, disse Maduro em pronunciamento na TV.
Antes, o presidente jâ havia enviado um contingente militar para Puerto Barima, no Estado do Delta Amacuro, na fronteira atlântica da Venezuela, muito próximo dos limites da área reivindicada pelo ditador.
Em discurso à nação, o ditador vizinho também apresentou um novo mapa do país, que inclui o Essequibo, e ordenou que a versão seja publicada e divulgada nas escolas e universidades venezuelanas.
Maduro ordenou à estatal petrolífera PDVSA emitir a concessão de licenças para a exploração de recursos na região do Essequibo, onde Georgetown autorizou a operação de empresas petrolíferas estrangeiras e locais.
Ele instruiu a criação da “divisão PDVSA-Essequibo” e a concessão “de imediato de licenças operacionais para a exploração de petróleo, gás e minerais em toda a área”.