BMW de R$ 250 mil onde 4 jovens morreram em SC foi modificada para aumentar ronco do motor

Falha no sistema de escapamento teria vazado monóxido de carbono, que é inodoro, e foi inalado pelas vítimas, que estavam no interior do carro

A polícia suspeita que houve intoxicação por monóxido de carbono causado pelo rompimento do cano do escapamento da BMW/320I M Sport ano 2022 onde quatro pessoas morreram após serem encontradas desacordadas em Balneário Camboriú (SC) na segunda-feira (1º).

O carro está avaliada em R$ 250 mil pela tabela Fipe e foi modificado para aumentar o barulho do ronco do motor com o objetivo de ficar “mais esportivo”, segundo a Polícia Civil.

O gás que teria vazado é inflamável, inodoro e tóxico e o veículo apresentava falhas no sistema de escapamento.

Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, 19, Tiago de Lima Ribeiro, 21, e Nicolas Kovaleski, 16, estavam desmaiados dentro do carro, estacionado na rodoviária da cidade. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.

Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, 19, Tiago de Lima Ribeiro, 21, e Nicolas Kovaleski, 16 morreram depois de passar mal dentro do veículo

Segundo os investigadores, o cano de escape que sai do motor e corre por debaixo do veículo e está rompido por um deslocamento. Essa alteração faz com que, ao invés de sair o monóxido de carbono lá atrás do veículo, grande parte ficava dentro do capô, solto. E o ar-condicionado jogava para dentro do veículo”, disse o delegado Bruno Effori.

A polícia investiga se há relação entre a modificação veicular e o vazamento. Exames da Polícia Científica devem confirmar as causas e podem demorar até 15 dias.

Os quatro jovens ficaram cerca de quatro horas dentro do carro ligado com o ar-condicionado funcionando, segundo o delegado. Eles foram encontrados pela namorada de uma das vítimas, que chegou a ficar dentro do carro por alguns momentos.

A sobrevivente chegou de viagem durante a madrugada e as vítimas foram no carro buscá-la na rodoviária de Balneário Camboriú.

Eles relataram a ela que tinham comido um cachorro-quente na praia e relacionaram o mal-estar ao alimento. Por isso, ficaram no local buscando uma melhora para poder seguir viagem.

“O veículo chega e eles avisam para ela que estão passando mal. Eles relatam náusea, tontura, tremedeira, entenderam por bem esperar até melhorar”, informou o delegado.

A jovem que chegou de viagem não apresentou nenhum sintoma, segundo o delegado responsável pelo caso. Ela prestou depoimento e relatou a situação aos policiais.

,A jovem informou que o grupo relatou tontura, náuseas e tremedeira. Quando o Samu foi acionado, no início da manhã, elas estavam em parada cardiorrespiratória.

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