Patricia Lelis é acusada nos EUA de se apropriar de R$ 3,4 milhões de imigrantes ao se passar por advogada por lá

Lelis cobrou US$ 270 mil (R$ 1,32 milhão) de apenas uma vítima para supostamente ajudar a pessoa a conseguir um visto para os parentes, segundo a denúncia

A promotoria de Justiça dos Estados Unidos acusou formalmente a brasileira Patricia Lelis, de 29 anos, de ter se passado por advogada especializada em imigração e ter cometido fraudes que somam US$ 700 mil (R$ 3,4 milhões).

Lelis vive na cidade de Arlington, no estado da Virginia. Um comunicado com a acusação foi publicado na sexta-feira (12) e ela disse no mesmo dia, rede social X que é perseguida pelas autoridades.

Lelis ficou famosa em 2016, quando aqui no Brasil, acusou o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) de estupro.

O caso deu uma reviravolta e Lelis acabou sendo transformada em ré em uma acusação de tentativa de extorsão de um assessor do deputado. A polícia disse que não havia provas da acusação de Lelis contra Feliciano.

Patrícia Lelis aproveitou a fama e em 2018 tentou uma vaga nas eleições, sonhando alto. Ela se candidatou ao cargo de deputada federal, mas não chegou nem perto de se eleger

Lelis também se envolveu em polêmicas nas redes sociais com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela disse em redes sociais que o deputado Eduardo Bolsonaro tinha o pinto pequeno e causou alvoroço por ter tido caso com ele.

Segundo a acusação da promotoria norte-americana, em 22 de setembro de 2021, Lelis cobrou US$ 270 mil (R$ 1,32 milhão) de uma vítima para supostamente ajudar a pessoa a conseguir um visto para os parentes.

O visto oferecido por Lelis é do tipo que permite a residência para estrangeiros que façam grandes investimentos e que gerem empregos no país.

Ainda segundo a acusação, Patricia Lelis inicialmente colocou o dinheiro em sua própria conta bancária. Depois disso, ela usou para pagar a residência, reformar o banheiro e quitar as dívidas do cartão de crédito.

Segundo o texto do Ministério Público da Virginia, ela mostrou um documento falso para a vítima que mostrava que ela poderia exercer advocacia nos EUA.

Ela ainda é acusada de ter falsificado formulários de imigração, ter criado recibos falsos de um projeto de investimentos no estado do Texas e ter criado perfis falsos de pessoas que seriam ligados a um fundo de investimento.

De acordo com a acusação, ela pediu para que amigos delas se passassem por funcionários desse fundo de investimentos em telefonemas e chamadas de vídeo com as vítimas do esquema.

Se for considerada culpada, ela pode ser condenada a uma pena de até 20 anos de prisão.

Ela ainda está em liberdade nos EUA e publicando ativamente na Internet.

Na rede social X ela afirmou que ela está sofrendo perseguição porque denunciou figurões.



Patrícia Lelis, que no Brasil migrou do conservadorismo à ala mais radical de apoiadores do atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT) sempre esteve envolvida em polêmicas denúncias.

Antes, ela diz que foi namorada do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com quem teve brigas públicas. O romance teria ocorrido, segundo a mulher que se apresentava na época como jornalista, quando ela e Eduardo integravam a ala jovem do PSC. Mas Patrícia só ficou ‘famosa’ mesmo, depois de protagonizar a falsa denúncia contra o deputado Marco Feliciano.

Agora, apesar de apoiar Lula, atual presidente, ela diz que é exilada política.

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