Senador tenta desvincular ligação com escândalo que envolve Abin com Fake News, mas desliza e tenta minimizar grave crime contra ministros do STF e parlamentares em documento feito por assessor
O senador Alan Rick ( União Brasil-AC ) tenta afastar a hipótese de que poderia servir como ponte entre Bolsonaro e seu funcionário, defendendo o servidor.
Em nota, divulgada pelo senador, ele diz que a descoberta do nome de seu funcionário como autor do documento que culminou na tentativa de servidores da Abin de denegrir Mendes, Moraes e parlamentares, não passa de um simples “mal entendido”.
“Não tenho qualquer gerência sobre as atividades privadas dos meus servidores e como já foi veiculado, o referido servidor atuava como profissional liberal à época.
Após tomar conhecimento do noticiado, fui informado que, no âmbito de sua atuação advocatícia privada, ele prestou serviços à Associação dos Servidores da ABIN (ASBIN).
Confio plenamente na justiça e tenho certeza que as investigações demonstrarão que a veiculação do nome dele nessa investigação não passa de um mal entendido e tudo será devidamente esclarecido”, diz Alan Rick.
Um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga suspeita de espionagens ilegais na Abin, durante o governo do ex- presidente Jair Bolsonaro (PL) trabalha como assessor de Alan Rick.
O advogado Ricardo Wright Minussi Macedo é apontado pela PF como autor de um relatório que buscava vincular ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ricardo Wright ocupa o cargo comissionado de confiança de assistente parlamentar do senador Alan Rick, apoiador de Bolsonaro. O advogado é citado no despacho do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que determinou buscas e apreensões na última quinta-feira.