Ministro do Supremo não esconde sua guerra pessoal contra Bolsonaro e solta fala em instituição de ensino
Análise de Victório Dell Pyrro
A gana do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para aniquilar o bolsonarismo o faz soltar pérolas de comparativos que podem ser nivelados aos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que no auge de seus devaneios já disse que resolveria guerra entre países que o ignoram, “tomando uma cervejinha“.
No caso de Lula, o vício é o da bebida alcoólica usada até para se eleger prometendo aos seus eleitores que ficaria barata e, segundo a Lava Jato, roubar.
No caso de Moraes, é o soco na cara ou pelo menos a verborragia violenta e punições fora do texto constitucional para desafetos.
O ministro que deveria se pronunciar nos autos fala ao vento.
O juiz tem o direito (garantido constitucionalmente) de emitir opinião e manifestar livremente seu pensamento, assim como qualquer cidadão. Mas não deve fazê-lo em situações que possam configurar prejulgamento ou suspeição.
O que se espera do magistrado é uma conduta imparcial. Se ele manifesta-se sobre processo que está por julgar, ou julgando, e emite opinião que indique o rumo decisório que irá seguir ou fazer algum juízo depreciativo em relação a qualquer das partes, macula aquela imparcialidade. Isso poderia levar à sua suspeição ou, eventualmente, no âmbito criminal, a alguma nulidade se o Brasil fosse um país sério onde os poderosos respeitassem as leis. Moraes está julgando de baciada mais de mil bolsonaristas e fala pelos quatro cantos sobre o tema, ao mesmo tempo que emite condenações.
Em relação a casos que estejam sob julgamento de outro órgão judicial, é preciso cautela da mesma natureza.
Mas a situação é caótica. O ministro é o relator do inquérito no STF que investiga Bolsonaro, ex-ministros e militares sob a suspeita de terem participado de uma tentativa de golpe de Estado que tentava manter o ex-presidente no poder e culminou com a invasão dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro do ano passado.
Mas Moraes vai além. Recentemente o ministro usou até a vassalagem da Polícia Federal em seus arroubos violentos contra familia de idoso. Ele colocou a Polícia Federal para vasculhar a casa de gente que teve o azar de cruzar com ele em um aeroporto em Roma e sentiu na pele a violência do STF.
A única prova consistente divulgada nesse caso é um vídeo onde Moraes fala em som audível que o cidadão que o filma é bandido. A única prova veículada portanto, é de uma agressão de Moraes no aeroporto onde ele acusa uma família de o ter agredido. O restante das filmagens ficou em segredo mantido pelo próprio STF. É de chorar.
Certo de sua impunidade por confiar na inércia de Rodrigo Pachego, atual presidente do Senado e único ser na face da terra que poderia se mover para deter equívocos intencionais ou não dos ministros do Supremo, Moraes agride a pontapés a Constituição e samba em cima de seus adversários.
Até a plataforma social multinacional X, antigo Twitter, diz que ordens de Alexandre de Moraes podem ser “censura prévia” .
O X também disse que multas prevista por Alexandre de Moraes eram “exorbitantes” em decisão que atingiu empresário bolsonarista João Salas de Brasília por criticar o próprio STF.
O direito no Brasil vai mal. O elenco midiático do Supremo Tribunal Federal ser escalado por presidentes da República corruptos é uma aberração Constitucional.
Só o partido do ex-presidiário presidente Lula, o PT colocou sete indivíduos lá, incluindo gente que até tentou concurso público, mas nunca passou. Advogados “chave de cadeia“, defensores de marginais se transformam em passe de mágica nos juízes mais poderosos do planeta sem sequer terem feito uma prova pública.
Estas pessoas agem como deuses intocáveis no “Olimpo da Corrupção“, como consideram juristas que vêm a corte como salvadora de políticos e empresárioscorruptos que estãosoltos.
Ontem, André Mendonça suspendeu cobrança das empresas flagradas na Lava Jato. Dias Toffoli ja havia aliviado duas delas, uma, a Odebrecht, o tem como o “amigo do amigo do meu pai” nas correspondências da corrupção.
Mendonça foi levado ao STF pelas mãos de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente afeto à joias raras e um contumaz criador de fantasmas que adora uma rachadinha, segundo investigações da polícia.
Bolsonaro ainda afirmou que Mendonça seria “terrivelmente evangélico” e pelo jeito irá usar do perdão divino para proteger corruptos bilionários que deixam à míngua mães desesperadas sem atendimento médico para seus bebês que morrem nas filas do SUS.
Victorio Dell Pyrro escreve habitualmente para o BSB Revista e se auto descreve como um ébrio falastrão
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