Fogo, fumaça e poluição produzem cenas que chamam atenção em todo território nacional
Nesta quinta-feira (12), uma cortina de fogo foi registrada de um barco, nas margens do Rio Xingu, no extremo norte do Mato Grosso. Um grande incêndio entre as terras indígenas Xingu e Capoto Jarina, na região, próxima aos municípios de Peixoto de Azevedo,
A seca e a fumaça transformam a vida de ribeirinhos Brasil afora e no Amazonas, a situação não é difer6.
Uma barreira de fogo e fumaça se aproxima das aldeias, neste fim de semana, de acordo com alerta das lideranças indígenas do Xingu.
Nas Terras Indígenas Utiariti e Paresina, na região de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, os incêndios já persistem por mais de um mês, tendo devastando 200 mil hectares.
As chamas já consumiram residências e lavouras e avançam sobre a floresta.
De acordo com a prefeitura de São José do Xingu, o fogo se estende por uma faixa entre 20 e 30 quilômetros. Segundo a Federação dos Povos e Organização Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), mais da metade das terras indígenas da região já foram atingidas pelo fogo.
O Mato Grosso tem 86 terras indígenas e 46 povos assentados na Amazônia, Cerrado e Pantanal.
O estado tem a maior concentração de queimadas do país desde janeiro, com mais de 37 mil focos de incêndio, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo o INPE, os focos de queimadas na Amazônia aumentaram 48% nos últimos meses em comparação ao mesmo período do ano anterior.
No Cerrado, outra região altamente afetada, as queimadas cresceram 60%, intensificando o impacto ambiental.
POUCOS MESES após uma operação de guerra retirar milhares de invasores das Terras Indígenas (TIs) Apyterewa e Trincheira Bacajá, no sul do Pará, grileiros voltaram a invadir os dois territórios para uma série de incêndios criminosos que já devastaram 2.000 hectares (o equivalente a 2.800 campos de futebol).
O fogo é uma tática dos invasores para preparar o terreno para a criação de gado, principal atividade econômica exercida ilegalmente dentro das áreas protegidas invadidas, além da extração ilegal de madeira.
Em São Paulo a fumaça das queimadas invade todos os cantos e se espalha pelo Brasil.
Chamas atingiram o Aeroporto Estadual Mário Pereira Lopes e chegaram bem próximas do Centro de Manutenção da Latam, na quarta-feira (11).
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