Plano para matar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF

General foi candidato a vice de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e duas vezes ministro do governo dele

A Polícia Federal acredita que o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), foi discutido na casa do general Walter Braga Netto em 12 de novembro de 2022.

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

O general Walter Souza Braga Netto também foi ministro-chefe da Casa Civil do Brasil, de 2020 a 2021, e ministro da Defesa, de 2021 a 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. No Exército Brasileiro, alcançou o posto de General de Exército, o mais alto da hierarquia da Força.

Braga Netto estava presente no encontro em sua casa, segundo a PF. Também estavam lá Mauro Cid e os majores Hélio Ferreira Lima e Rafael de Oliveira – esses dois também foram presos nesta terça, suspeitos de, junto com Fernandes, elaborarem o plano para matar Alckmin e Lula. As execuções ocorreriam em 15 de dezembro.

De acordo com a PF, depois do encontro, o major Oliveira mandou para Mauro Cid um documento em formato de Word intitulado Copa 2022, apontando as necessidades iniciais de logística e orçamento para as ações clandestinas.

Segundo a PF, ο planejamento operacional para execução do presidente e vice- presidente eleitos foi apresentado e aprovado na residência de Braga Netto.

Os militares supostamente envolvidos na trama golpista também teriam começado a monitorar os passos de autoridades logo após a reunião, incluindo o nome do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

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