O cantor Hungria, internado por quatro dias no hospital DF Star, em Brasília, teve confirmado em exame laboratorial realizado pela rede privada a presença de metanol em seu sangue, na concentração de 0,54 mg/dL, valor superior ao limite considerado seguro pela referência médica (até 0,25 mg/dL).

O resultado do teste foi divulgado oficialmente em 6 de outubro de 2025 pela assessoria de imprensa do artista, que ressaltou a confirmação da exposição à substância química tóxica, possivelmente proveniente da ingestão de bebida alcoólica adulterada.
Hungria foi internado no último dia 2 de outubro após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação por metanol, como dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica. A equipe médica aplicou o protocolo padrão de tratamento para intoxicação por metanol, incluindo o uso de antídotos e sessões de hemodiálise precoce, que foram fundamentais para a rápida melhora clínica do cantor.
Após alta hospitalar em 5 de outubro, Hungria segue em tratamento e acompanhamento médico sob os cuidados do Dr. Leandro Machado.
Cabe destacar que houve divergência nas informações divulgadas anteriormente. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, havia afirmado no dia 6 de outubro que exames realizados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) descartaram a presença do metanol e seus derivados no organismo do cantor, indicando a possibilidade de falso negativo em alguns testes realizados inicialmente. Essa contradição resultou em debates públicos e pedidos de esclarecimento pela equipe do artista, que confiaram nos exames particulares para confirmar a contaminação.
A Polícia Civil, por sua vez, já havia declarado não ter identificado metanol nas garrafas de bebida adquiridas pelo cantor no Distrito Federal antes da internação, o que mantém o mistério sobre a origem exata da substância no organismo do rapper. Antes de ser internado em Brasília, Hungria fez shows em São Paulo.
Até a data da internação de Hungria, o Brasil contabilizava 17 casos confirmados de intoxicação por metanol e 15 mortes causadas pela ingestão de bebidas adulteradas, segundo balanço do Ministério da Saúde, com 217 notificações em investigação em todo o país

