“Matuê”, chefão do CV é morto em confronto com a polícia no Rio de Janeiro

Matuê comandava o tráfico de drogas nas comunidades da Gardênia Azul e da Cidade de Deus

Na manhã de quinta-feira (9), Ygor Freitas de Andrade, conhecido pelo apelido de Matuê, apontado como chefe do tráfico na Gardênia Azul e Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, morreu em confronto com a Polícia Civil do Estado.

A ação faz parte da Operação Contenção, uma iniciativa estratégica para conter o avanço do Comando Vermelho (CV) nas zonas sudoeste e oeste da cidade.

Matuê, de 28 anos, era uma das principais lideranças do Comando Vermelho na região, gerenciando os pontos de tráfico e coordenando invasões e disputas territoriais, inclusive o avanço do CV em territórios controlados por outras facções. Contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um deles relacionado à suspeita de ter disparado o tiro que matou o policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), durante uma operação em maio de 2025.

As equipes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) localizaram Matuê na comunidade da Chacrinha, em Jacarepaguá, e organizaram uma operação para capturá-lo.

No cumprimento do mandado, os policiais foram recebidos a tiros, o que gerou um confronto armado. Matuê e dois de seus seguranças foram baleados e não resistiram aos ferimentos.

Em represália à ação da polícia, integrantes do Comando Vermelho atearam fogo e bloquearam vias de acesso, como a Estrada da Chácara, para dificultar a movimentação das forças de segurança.

Traficantes fizeram barricadas de fogo

A polícia segue intensificando as operações para conter a facção e evitar retaliações violentas nas comunidades da região.O secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, destacou que a operação foi resultado de um trabalho conjunto de inteligência e ação tática, e que a neutralização do criminoso configura uma resposta firme da polícia contra ataques a agentes públicos e à segurança da população.

“Essa foi uma ação cirúrgica para capturar um criminoso que vinha causando grave perturbação e ameaça à ordem pública”, afirmou.Com a morte de Matuê, há perspectiva de um vácuo no comando do Comando Vermelho em áreas estratégicas da zona oeste, o que pode desencadear disputas internas ou avanços de facções rivais na tentativa de ocupar esse espaço, segundo analistas de segurança pública.

O criminoso possuía um extenso histórico criminal desde 2019 e estava foragido após receber um indulto. Sua atuação estava diretamente associada à escalada de violência na região, a disputas territoriais armadas, tráfico de drogas e ações contra policiais.


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