Em entrevista a rádios da Bahia, presidente disse que preços sobem porque consumidor compra produtos caros
Com o preço da picanha e da cervejinha nas alturas, ao contrário do que prometeu em campanha para se eleger, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (6) que o Brasil precisa passar por um “processo educacional” para que os consumidores aprendam a desviar de preços mais altos no supermercado e substituir aquela compra por produtos similares.
A inflação nos alimentos da cesta básica vem comendo o dinheiro do trabalhador e o presidente diz em entrevista, que a culpa é da alta ao dólar, da gestão do Banco Central e aumento das exportações, mas não indicou medidas no curto prazo capazes de frear esse aumento.
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque, senão, vai estragar”, disse Lula em entrevista a rádios da Bahia.
“Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro. É necessário que a gente faça isso. O povo não pode ser extorquido. A pessoa sabe que a massa salarial cresceu, que o salário aumentou, aí aumenta o preço. Não, é preciso ter responsabilidade, emendou.
Mas o discurso do presidente não vai na mesma direção de suas compras. Há menos de dois meses, o governo Lula dispôs de aproximadamente R$ 500 mil para abastecer a despensa com produtos alimentícios de alto padrão.
Croissants, brioches, bolos, salgados variados, frutas, lombo canadense, variedade de queijos e presunto são alguns dos muitos itens que compõem a lista de farto consumo da Presidência da República.
Há também o grupo das sobremesas, os sucos de polpa e até óleo vegetal de girassol. A Presidência reservou cerca de R$ 350 mil para a aquisição de bebidas, incluindo as alcóolicas.
Uísque, gin, vodca e Campari são alguns dos destilados que integram no último edital que lista 215 itens. Há também a previsão de compra de gelo filtrado e taças de cristal, além de uma equipe de garçons.
Os eventos e cerimônias oficiais realizados pela Presidência primam por “três condições essenciais à sua execução: harmonia, elegância e segurança institucional”. Assim justifica o Palácio do Planalto.
Memes sobre a carestia dos alimentos não faltam nas redes sociais.
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