Israel Katz afirmou que Lula ‘revelou sua verdadeira identidade’ em publicação nas redes sociais
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez duras declarações contra o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira, (26), em publicação na rede social X.
Katz chamou Lula de “antissemita declarado e apoiador do Hamas” e o comparou ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ao associar o presidente brasileiro a regimes como o iraniano, que negam o Holocausto e ameaçam destruir o Estado de Israel.
Declarações de Israel Katz
Em postagem feita em português, Katz criticou a decisão do governo Lula de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), órgão destinado a combater o antissemitismo. Para Katz, essa retirada revelou a real posição do Brasil, que colocou o país “ao lado de regimes como o Irã”, acusando Lula de apoiar o grupo terrorista Hamas. Ele escreveu ainda:
“Agora ele revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e apoiador do Hamas ao retirar o Brasil da IHRA – o organismo internacional criado para combater o antissemitismo e o ódio contra Israel – colocando o país ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça destruir o Estado de Israel”.
Além dessas acusações, Katz divulgou uma imagem gerada por inteligência artificial, na qual Lula aparece como um boneco de marionete controlado por Ali Khamenei, reforçando a ideia de que Lula estaria sob influência do líder iraniano.
Contexto da Tensão Diplomática
Essa não é a primeira vez que Israel Katz e o governo israelense se posicionam de forma crítica ao presidente brasileiro. Em fevereiro de 2024, Lula foi declarado persona non grata em Israel, após comparar ações militares israelenses na Faixa de Gaza ao genocídio nazista durante o Holocausto, provocando forte reação do governo israelense. Desde então, as relações diplomáticas entre Brasil e Israel seguem estremecidas.
A saída do Brasil da IHRA ocorreu no final de julho de 2025, sob argumento do governo brasileiro, por meio do assessor Celso Amorim, de que houve “manipulação” na definição do antissemitismo dentro da aliança, e que críticas a Israel por sua política em relação à Palestina eram tratadas como antissemitismo, o que o Brasil rejeita. O Brasil mantém postura crítica às operações israelenses na Faixa de Gaza, condenando a ofensiva militar e destacando a crise humanitária gerada na região, ao mesmo tempo que repudia o ataque do Hamas em 2023.
Veja a publicação abaixo:


A publicação de Israel Katz agrava ainda mais a relação já tensionada entre Brasil e Israel. O Ministério das Relações Exteriores israelense anunciou um rebaixamento das relações diplomáticas após o Brasil ignorar a indicação de um novo embaixador. Por parte do governo brasileiro, ainda não houve um pronunciamento oficial sobre essa última declaração de Katz.
O ministro também fez referência à sua gestão anterior como ministro das Relações Exteriores, quando declarou Lula persona non grata, ressaltando o histórico de críticas entre os dois lados. A situação sinaliza que, no curto prazo, as relações bilaterais poderão permanecer em crise, com impactos políticos e diplomáticos que ainda serão monitorados pelos observadores internacionais

