Rodrigo Teixeira foi chefe da Diretoria de Polícia Administrativa entre 2023 e 2025
O ex-diretor da Polícia Federal na Diretoria de Polícia Administrativa, Rodrigo de Melo Teixeira, foi preso em um desdobramento da operação deflagrada nesta quarta-feira (17) para apurar corrupção em órgãos ambientais.
Teixeira foi nomeado no início da gestão do atual diretor-geral Andrei Rodrigues e ocupou a função de diretor de Polícia Administrativa entre 2023 e 2025. Era o terceiro nome no nível hierárquico da cúpula da PF.
A prisão ocorre em paralelo à operação deflagrada pela PF em Minas Gerais com 22 mandados de prisão.
A Operação Rejeito, investiga um esquema de corrupção e fraudes em órgãos ambientais, especialmente ligado ao setor de mineração em Minas Gerais. Teixeira atuou como diretor de Polícia Administrativa na PF entre 2023 e 2024, durante a gestão do atual diretor-geral Andrei Rodrigues, ocupando o terceiro cargo na hierarquia da corporação durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Atualmente, Rodrigo de Melo Teixeira estava lotado como diretor de Administração e Finanças no Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. A investigação aponta que ele seria administrador oculto de uma empresa de mineração e manteve negócios com outros alvos da operação enquanto exercia cargo na PF.
A Polícia Federal afirma que ele usava sua posição para favorecer interesses próprios e interferir em investigações que miravam empresários investigados. A investigação estima que o esquema tenha gerado lucros ilícitos da ordem de 1,5 bilhão de reais, envolvendo servidores públicos da Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e órgãos ambientais estaduais em Minas Gerais.
Rodrigo de Melo Teixeira é natural de Barbacena, formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com especializações em Gestão de Segurança Pública, Política e Estratégia, e Direito Público. Ingressou na PF em 1999 e ocupou diversos cargos de liderança, incluindo superintendente da PF em Minas Gerais e secretário adjunto da Secretaria de Defesa Social do estado.
A prisão dele faz parte de uma ação maior da Polícia Federal que cumpriu dezenas de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em Minas Gerais. O objetivo é desarticular um conglomerado de empresas que frauda licenciamento ambiental para exploração ilegal de minerais, o que representa um dos maiores esquemas de corrupção e crime ambiental no país.
Rodrigo de Melo Teixeira é um dos principais alvos da operação e está preso preventivamente enquanto as investigações seguem em andamento.

