Governo Lula bate recorde de famílias endividadas, sem picanha e o pior, tendo que morar na rua

Por Victório Dell Pyrro

Quase três anos após o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar da mídia e indicadores oficiais do governo afirmarem que o Brasil vai muito bem, o cenário econômico brasileiro coloca um peso crescente sobre os ombros da população: em setembro de 2025, a inadimplência das famílias brasileiras atingiu o maior patamar desde o início da série histórica da CNC, em 2010.

Famílias inteiras perdem a moradia e vão morar embaixo de pontes e viadutos

Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 30,5% das famílias estão com contas atrasadas, um recorde alarmante que expõe o fracasso das políticas econômicas do governo Lula para proteger a renda do trabalhador e garantir a estabilidade financeira da populaçã.

Além do número expressivo de famílias inadimplentes, outro dado preocupante é que 13% delas declararam que não têm condições de pagar suas dívidas atrasadas, sinalizando um quadro de fragilidade econômica crescente e uma população progressivamente refém do ciclo de endividamento. Completamente diferente do que propagava Lula na campanha que prometia “picanha e cervejinha” para todo mundo.

A pesquisa também indica que 48,7% dos consumidores mantêm dívidas em atraso por mais de 90 dias, evidenciando o agravamento da crise financeira familiar e a dificuldade para renegociar suas obrigações, que têm sido majoradas por juros exorbitantes.

Esse recorde de inadimplência ocorre em meio a um período marcado por uma forte deterioração nas contas públicas e na política fiscal do país. Entre 2023 e 2025, o endividamento público saltou de 71,4% para quase 76% do Produto Interno Bruto (PIB), elevando o risco-país e limitando a capacidade do governo de implementar políticas anti-cíclicas efetivas para conter a crise.

A promessa de um “novo arcabouço fiscal”, aprovada e sancionada em 2023, mostrou-se mais branda que o teto de gastos anterior e insuficiente para conter o crescimento do déficit e da dívida pública, que atingiu níveis históricos sem precedentes .

Enquanto o governo anuncia programas sociais e reajustes, o grande problema estrutural permanece: a base produtiva nacional segue estagnada, o mercado de trabalho informal em alta, e o salário real dos trabalhadores se mantém achatado — a combinação perfeita para o aumento do endividamento das famílias e da inadimplência.

O consumo, principal motor da economia brasileira, está contaminado por essa crise financeira das famílias, que não conseguem quitar nem suas despesas básicas, como água, luz e alimentação.

O governo Lula, ao longo desses quase três anos, não conseguiu construir um ambiente econômico saudável para a população mais vulnerável. O fenômeno da inadimplência recorde é um indicador claro da perda do poder de compra e da deterioração das condições de vida do cidadão comum, refletindo também uma gestão pública que prioriza o aumento dos gastos e da dívida, em detrimento de reformas estruturais que poderiam conter a escalada da crise econômica.

Para além dos números frios, o aumento da inadimplência revela famílias brasileiras em sofrimento, acumulando dívidas que se tornam cada vez mais impagáveis, carimbando um diagnóstico de crescente exclusão financeira e um abismo cada vez maior entre quem dispõe de crédito e quem vive nas margens do sistema financeiro.

Diante de um quadro tão grave, o governo Lula precisa urgentemente reconhecer que as medidas adotadas até agora para enfrentar a crise são insuficientes e que a continuidade do elevado endividamento das famílias e da inadimplência pode comprometer a recuperação econômica e o futuro do país. Ignorar esses sinais é perpetuar um ciclo de fragilidade financeira que pode arrastar gerações — um custo social que, responsabilizadamente, cabe ao Estado impedir.

O maior recorde histórico de inadimplência não é apenas um número alarmante, é um retrato cruel da gestão econômica desastrosa que privilegia a expansão do gasto público, com empregos, cargos, beneces e penduricarilhos para a casta privilegiada que integra o Legislativo, o Judiciário e o Executivo com a ironia das falas de Lula que diz governar, enquanto a população, sobretudo a mais pobre, afunda num mar de dívidas impagáveis e insegurança financeira.

Nos últimos quase três anos, houve um crescimento significativo da população em situação de rua no Brasil, que chegou a mais de 327 mil pessoas em dezembro de 2024, um aumento de cerca de 25% em relação a dezembro de 2023, quando havia aproximadamente 261 mil pessoas nessa condição. Este levantamento foi divulgado pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da UFMG, e colocou o número atual 14 vezes maior do que o registrado em 2013.

Entre os fatores que levam ao aumento da população de rua, o endividamento e a inadimplência das famílias têm papel importante, especialmente por afetar a capacidade de pagamento de aluguéis e comprometer a capacidade financeira familiar. O acúmulo de dívidas, junto com o aumento no custo de vida e a fragilidade do mercado de trabalho formal, tem contribuído para que famílias ou indivíduos sejam despejados e acabem sem moradia.

Além disso, especialistas indicam que o rompimento de vínculos familiares, que pode ser provocado por dificuldades econômicas, inclusive pelo endividamento, é um dos motivos mais citados para pessoas caírem em situação de rua, incluindo a entrada em vícios como álcoole drogas. Problemas familiares, desemprego e inadimplência financeira geram um efeito em cascata que aumenta a vulnerabilidade e o risco das pessoas perderem suas residências. Esse é o verdadeiro retrato desse governo colocado de volta, goela abaixo da população que sabe que Lula deveria estar na prisão se não tivesse sido beneficiado pelo Supremo Tribunal Federal que anulou suas condenações por roubar dinheiro do povo.


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