Pacheco, o homem de 125 milhões do “Orçamento Secreto” só em 2022

Presidente do Senado mandou só neste ano, R$ 37,7 Milhões para cidade com 115 mil habitantes e você só vai saber disso porque a Justiça mandou publicar.

É dinheiro a rodo, essa farra do “orçamento secreto ” feita com o seu e o meu dinheiro suado.

Que deputados e senadores estão sempre encontrando uma forma de sumir com o dinheiro que pagamos de impostos extorsivos, todos sabem, mas agora, a abertura dos dados do orçamento secreto mostram como o dinheiro é aplicado no ralo, indo direto para o esgoto.

Depois que a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber determinou que os pagamentos de emendas de relator de 2020 e 2021 fossem revelados, Senado e Câmara vêm alegando dificuldades por suposta ‘complexidade’ para reunir os dados e vão soltando a verdade em conta gotas.

Nesta sexta-feira (8) o bueiro do esgoto exalou a podridão da destinação de R$125 milhões para redutos eleitorais de ninguém menos que o presidente do Congreso Nacional, senador Rodrigo Pacheco.

Entre 2020 e 2021, parlamentares indicaram R$ 36 bilhões a prefeituras e municípios por meio das chamadas emedas de relator, identificadas pelo código RP-9 e apelidadas de orçamento secreto.

Para o Supremo, a distribuição dos recursos sem critérios técnicos e por interesses políticos “viola os princípios da publicidade e da impessoalidade dos atos da administração pública”. “Causa perplexidade a descoberta de que parcela significativa do orçamento da União Federal esteja sendo ofertada a grupo de parlamentares, mediante distribuição arbitrária entabulada entre coalizões políticas, para que tais congressistas utilizem recursos públicos conforme seus interesses pessoais”, escreveu a ministra Rosa em sua decisão, em dezembro do ano passado.

Na verdade, Rosa desentocou os ratos escondidos por trás da cara de pau dos que deveriam zelar pelo bem e fiscalizar o uso do dinheiro público.

O que justificaria a destinação de R$ 37,7 milhões para uma minúscula cidade em tempos de escassez de recursos tão grave, é a pergunta que parece ter resposta óbvia.

Com tanto dinheiro, a cidade de Passos em Minas Gerais pode se dar ao luxo de comprar por exemplo 200 computadores de ponta para seus servidores custando entre R$6.180,00 mil R$7.385,00 cada um, sendo o valor total da compra de R$1.260.100,00 em tempo de uma crise dessas e ninguém da Câmara de Vereadores dar um pio.

Lá, a Câmara Municipal aprovou os projetos de lei de autoria do prefeito Diego Oliveira (PSL), que aumentam o salário dele mesmo, do vice, de vereadores, secretários e do funcionalismo público da pequena cidade.

Diego agora recebe R$ 19.277,87 e cada vereador R$ 9.373,01 todo mês.

Assim como Rosa Weber, eu fico perplexo com a utilização arbitrária de meu dinheiro em interesses pessoais que já se sabe, foram desviados Brasil afora para os bolsos de corruptos em negociações fraudulentas de tratores, em escolas fakes e sabe-se lá, mais o que.

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